Alê Oliveira

Em 2016, “pós-verdade” foi eleita a palavra do ano pelo dicionário Oxford, desbancando termos como chatbot e latinx, uma alternativa à “latino” e “latina” . A eleição de Donald Trump e o Brexit foram os dois fatos que mais contribuiram para ascender a pós-verdade, que, na manhã desta terça-feira (4), foi debatida por representantes da indústria midiática brasileira durante Fórum da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas).

“Nunca esse termo havia sido tão pronunciado ou escrito quanto no ano do Brexit e das Eleições de Donald Trump. A escolha do nosso tema é de interesse mundial, incluindo a indústria brasileira. A chamada pós-verdade influenciou e continua influenciando questões políticas, econômicas e sociais”, disse Fábio Gallo, presidente da Aner, na abertura do Fórum – o primeiro da associação neste ano e conduzido pelo tema  “O papel da mídia brasileira na era da Pós-Verdade”.

Para Gallo, o que diferencia a pós-verdade nos dias de hoje em relação ao passado é a velocidade da informação, sobretudo na internet.

“Em meio a inúmeros conteúdos compartilhados, muitas vezes verdades e mentiras se misturam. Uma confusão que também pode ser descrita como ameaça”, pontuou. “Nós, representantes da mídia, temos de fazer nosso papel. É por isso que estamos aqui hoje”, acrescentou.