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A inauguração dos três novos estúdios fechados MG4, agora um total de 13 unidades, consolida uma área de 12,5 mil metros quadrados de área construída. Porém, os Estúdios Globo ocupam 1,73 milhão de metros quadrados no bairro de Curicica, no Rio de Janeiro, com cidades cenográficas, prédios de escritórios, estacionamentos, áreas de circulação, espaços de lazer, jardins e floresta da mata Atlântica.

Por que o investimento de R$ 200 milhões é tão importante? Carlos Henrique Schroeder, diretor-geral da TV Globo, responde: “Cada vez mais a geração de conteúdo é fator de diferenciação.  70% das novelas são feitas nos estúdios. Temos que olhar para o futuro e dar qualidade de vida para os artistas. Antes eles rodavam de cenário em cenário devido ao impedimento técnico de transportar as câmeras. Com a tecnologia, o processo se inverteu. 80% do conteúdo da Globo é feito in house. Temos parcerias externas e vamos manter relações com produtoras como a Mixer, O2, Conspiração e Maria Farinha Filmes, mas com curadoria da Globo”, afirmou Schroeder.

O ambiente concorrencial de plataformas como Netflix, Disney, Apple e Google, por exemplo, estão no radar da Globo. De acordo com Schroeder, a resposta é disponibilizar mais conteúdo. E, nas suas palavras, esse direcionamento requer planejamento. O grupo de autores da emissora chega a 250 profissionais. Para garantir que novelas, minisséries e outros formatos não sejam afetados por qualquer tipo de interferência. “Temos uma agenda que já está em 2021. A ideia é ter tudo sob controle pelo menos com três anos de antecedência. Se não tivéssemos essa estratégia, teríamos tido problema com a exibição de “Verão 90”, que foi adiada porque o Fernando Collor era pré-candidato à presidência e era citado no texto. Além do conteúdo proprietário, investimos mais de R$ 4 bilhões na compra de material para a programação”, detalhou Schroeder.

As receitas do Grupo Globo somaram R$ 15 bilhões e um lucro operacional de R$1,5 bilhão. Mas para acompanhar o ritmo da transformação é necessário investir R$ 1 bilhão por ano em tecnologia. “Para manter esse ritmo temos que fazer sacrifícios e ajustes do resultado operacional. Também é preciso trazer gente e se reinventar”, ponderou Nóbrega.