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Os controladores da Rede Globo de Televisão, Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, receberam autorização do governo federal para efetuar a transferência indireta do controle acionário da emissora para seus respectivos herdeiros, entre os quais Roberto Marinho Neto, que já ocupa a função de diretor de projetos especiais.

O decreto assinado pelo presidente em exercício Michel Temer já foi publicado no Diário Oficial da União na semana passada. A medida também foi aprovada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado por Gilberto Kassab, responsável pelas concessões públicas para operações comerciais de televisão no país.

E é justamente por ser uma concessão que há a necessidade da liturgia. A área jurídica da emissora deu início ao processo em agosto do ano passado no Ministério da Casa Civil, à época liderado pelo deputado Ricardo Berzoíni (PT/SP), área do governo que é responsável pela distribuição dos pedidos aos organismos competentes. O Congresso Nacional, como estabelece o protocolo, precisa receber o conteúdo através da Casa Civil através do ministro Eliseu Padilha.

O decreto estipula que “as alterações societárias deverão ser efetivadas e registradas perante o órgão competente no prazo de sessenta dias”.  Porém, os futuros gestores não assumirão de imediato. O decreto presidencial deixa claro que o usufruto do poder permanece com os três irmãos e atuais gestores do negócio que têm 100% da empresa que integra o Grupo Globo que também tem no seu portfólio marcas como O Globo, Som Livre, CBN, Revista Época, Extra, Rádio Globo, Editora Globo, G1, Globo Play e, por exemplo, Valor Econômico, este último uma joint venture com o grupo Folha da Manhã.

“O objetivo é preparar a empresa para a gestão da próxima geração, no qual os signatários transferirão a seus herdeiros diretos a propriedade da maioria das ações de emissão das Organizações Globo”, explica o comunicado oficial da emissora.