Completou sete meses de vida a plataforma (aplicativo e site) para leitura de revistas digitais via streaming RevistariaS, criada por Vicente Schulenburg, Marco Aurélio Rozo, Rubem Duailibi e Vicente Azevedo, com participação dos fundos internacionais de investimento Cappadocia (Reino Unido) e Osos (Israel). O projeto nasceu para ser uma espécie de “Netflix das revistas” e já conta com 700 títulos – e quatro mil edições, em 39 categorias diferentes. A assinatura mensal custa R$ 24 e dá direito a mais quatro dependentes. As publicações das editoras Globo e Abril (e Condé Nast) não estão no pacote, mas estão ali nomes como Caras, Editora Três, Escala, Alto Astral, Rolling Stone, Segmento e Trip, entre outras.

Segundo Schulenburg, o projeto tem alguns diferenciais importantes que os posicionam a anos luz da ideia de um “depósito de revistas”, como são muitos aplicativos e projetos de bancas virtuais. Um deles é trabalhar exclusivamente com streaming, o que evita a necessidade de fazer download dos conteúdos e sobrecarregar os devices. Além disso, a plataforma oferece a editoras que disponibilizam os seus conteúdos a contrapartida de análises e métricas sobre os hábitos de leitura de seus produtos.

O projeto permite, por exemplo, a criação de bancas personalizadas para clientes – o que já ocorre com o Km de Vantagens da Ipiranga e o Paypall. Nos dois casos, a RevistariaS é oferecida como um serviço para usuários – no primeiro caso como prêmio para clientes que atingem uma determinada pontuação.

Além disso, Schulenburg explica que o projeto foi pensado para ser também um “produto social”, voltado para gerar impacto positivo na sociedade, em parceria com editoras e as instituições apoiadas. A ideia é possibilitar que a plataforma seja usada como captadora de microdoações mensais para instituições de caridade selecionadas via assinaturas. “A vinculação à filantropia vem despertando grande interesse de corporações, bancos e outras áreas econômicas, com as quais estamos em adiantadas negociações, pois as maneiras tradicionais de se financiar causas não são mais eficazes.Nessa modalidade viabilizamos a captação de recursos mensais e recorrentes para instituições de caridade, por meio da assinatura da RevistariaS”, explica ele. Outro filão que vem sendo explorado na área B2B é o de salões de beleza – que podem oferecer para clientes o acesso, por exemplo, por um dia. “Como nossa plataforma é proprietária, podemos realizar quaisquer adequações para atender diferentes modelos de negócios inovadores, com necessidades específicas, de diferentes setores de negócios”, diz Schulenburg.

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