Alê Oliveira

Oscar Filho começou 2019 em ritmo acelerado. O humorista está no Programa da Maisa e, além da atração na TV, ele apresenta na internet um talk show no Facebook.

Já no teatro, Oscar está em cartaz com dois espetáculos: Cia. do Stand Up, no Teatro West Plaza e com o Stand Up “Putz Grill…”, que faz sucesso há 11 anos e atualmente é apresentado no Teatro Morumbi Shopping.

O apresentador, que comemora cinco anos do lançamento de sua autobiografia não autorizada, já com 7.000 livros vendidos, falou ao PROPMARK sobre a nova fase no SBT, Maisa, relacionamento com marcas, entres outros assuntos.

Confira em mais um #papoPROPMARK:

Você gosta das marcas que utilizam o humor em sua comunicação? Tem alguma predileta?

Sim. O humor é sempre bem-vindo em qualquer lugar, principalmente em peças publicitárias. A gente trabalhava muito isso com o CQC. Agora, no Programa da Maisa, por exemplo, usamos isso também. Um exemplo é a Uninove que é patrocinadora do programa. O conteúdo que eles querem passar no merchandising deles não é de fácil absorção por conter informações técnicas. Mas acho que eles conseguem chegar no objetivo com o tipo de comercial que é veiculado no programa justamente por usar o humor.

(Veja o merchan em 1:00:15)

Na sua opinião, o que a boa publicidade precisa ter?

Inteligência. Não tratar o consumidor como uma anta, já é um bom adianto. Subestimar o consumidor é o pior erro, na minha opinião. Gostaria de falar mais sobre o assunto, mas não sou um profundo conhecedor.

Sobre o programa com a Maisa, como você avalia as primeiras edições?

Olha, difícil perguntar pra alguém que esteja diretamente envolvido e não “puxar sardinha”, sabe? Mas, vou nos números. O primeiro programa ficou em primeiro lugar na audiência. Ficamos em primeiro lugar nos TTs do Brasil e do mundo. Em termos de popularidade, isso é incrível. Estamos nos mantendo em segundo lugar, na média com ótimos números na internet também. Olha, não consigo ver um cenário melhor do que esse para um programa que recém estreou.

 Como você classifica os patrocínios de marcas para o teatro? Acha que eles são suficientes?

As marcas não costumam patrocinar muitas peças de teatro, apenas aquelas que estão na lei o que cujo elenco tem uma grande visibilidade na mídia. Acaba sendo mais um comercial, um Merchan do que um estímulo à arte. Tem a parte boa que é fazer com que os artistas se mantenham mais tempo em cartaz. A parte ruim é que são sempre os mesmos artistas. Temos ótimos artistas por aí que não tem destaque na mídia por não serem polêmicos o suficiente para atrair público apenas com o seu talento. Uma lástima. Infelizmente, estamos numa política de patrocínio muito viciada.

Como avalia os primeiros meses de SBT?

O primeiro, na verdade. Acabei de completar um mês. Preciso responder depois que eu receber meu salário, hahahahahaha.

As redes sociais são importantes para você. Você acha que o uso dessas plataformas está maduro no Brasil?

Difícil responder sobre maturidade nas redes. Em que sentido? Com o apoio das marcas? Acho que acontece um pouco o que eu falei sobre o teatro. Na internet, ou você tem muitos seguidores, ou você não é ninguém. É complicado pertencer à classe média da internet em que você produz seu conteúdo da maneira mais limpa possível (limpa, leia-se sem polêmicas ou apelações) e receber apoio para isso das marcas. Entendo que as marcas querem aparecer para o maior número de gente. Mas há também uma outra maneira: a da qualidade. Apostar em talentos que não são tão milionários em questão de seguidores, mas mantém um conteúdo… maduro. (Usando a mesma palavra da pergunta). Há uma dificuldade do mercado no meio termo.