Paulo Tonet Camargo foi eleito o novo presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) na tarde da última terça-feira (30), durante reunião do conselho da entidade. Ele foi eleito por unanimidade para o biênio 2016-2018.

Tonet vai substituir Daniel Slaviero, diretor-geral do SBT em Brasília, que comandou a Abert por dois mandatos consecutivos, entre 2012 e 2016. Para a vice-presidência, foi eleita a radiodifusora Marise Westphal Hartke, que presidiu o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de Santa Catarina (SERT/SC).

A Abert, que em 2016 completa 54 anos, representa 3,6 mil emissoras privadas de rádio e televisão.

Entre as metas de sua gestão, Tonet aponta a flexibilização permanente da transmissão do programa A Voz do Brasil, a finalização do processo de migração do rádio AM para o FM, a conclusão do desligamento da TV analógica no país e a valorização da radiodifusão na Era Digital.

“Evoluímos da válvula ao transistor e agora damos um novo salto para a era digital. A inovação tecnológica nunca nos ameaçou, mas sim, nos proporcionou maior e melhor cobertura e qualidade, pois a tecnologia será sempre plataforma, e a base da radiodifusão será sempre o conteúdo que produz. Tecnologia sem conteúdo de qualidade, feito com responsabilidade e isenção, não passa de um cano vazio que não saciará a sede de ninguém”, afirmou o eleito.

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais e pós-graduado em Direito Público, Paulo Tonet Camargo começou a vida profissional como advogado em Porto Alegre, em 1982, e, em 1986, ingressou no Ministério Público do Rio Grande de Sul, onde atuou como promotor, procurador de Justiça e subprocurador-geral de Justiça do Estado. Presidiu a Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

No Ministério da Justiça, foi presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e diretor do Departamento Penitenciário Nacional, de 1995 a 1997. Em 1998, ingressou no Grupo RBS, onde foi diretor-geral em Brasília e vice-presidente jurídico e institucional.

Em 2011, desligou-se da RBS para assumir o cargo de vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. É ainda diretor do Comitê de Relações Governamentais da Associação Nacional de Jornais – ANJ e membro do Conselho Superior da Abert e do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e do Conselho Diretivo da Associação Internacional de Radiodifusão, entidade da qual já foi vice-presidente e que representa 17 mil emissoras de rádio e televisão nas Américas, Ásia e Europa.