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O ano de 2017 não foi fácil, mas as expectativas para 2018 já movimentam o mercado de produtoras. O investimento, em geral, deve girar, principalmente, em torno de talentos e de ideias inspiradoras. 

A Apro (Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais) investirá ainda mais nos debates e reflexões sobre o futuro da atividade de comunicação das marcas. O objetivo é dar continuidade ao festival WHEXT, que teve a primeira edição em 2017, e levar adiante o projeto de um banco de dados de imagens das produtoras brasileiras dentro da associação.

“Nós vamos, também, dar sequência a duas iniciativas importantes: a criação do Idab (Instituto do Direito Autoral da Obra Audiovisual Brasileira), para garantir a remuneração sobre a reprodução das produções audiovisuais; e o Instituto Objetiva, com novas investidas no aprimoramento da gestão e formação no setor audiovisual”, diz Paulo Roberto Schmidt, presidente do conselho da Apro. “Apesar dos prognósticos duros para 2018, vemos um cenário muito desafiador e de retomada. O mercado tem pressa, as marcas precisam vender e fazer girar a roda do emprego e do desenvolvimento”, completa.

O investimento interno também é um dos focos de algumas produtoras, como é o caso da Yourmama. Para 2018, Mayra Auad, sócia e produtora-executiva da empresa, explica que é possível esperar o crescimento dos diretores e talentos da casa. Além disso, deve surgir uma área de branded content.

“Com necessidade de adaptações, o mercado se torna cada vez mais próximo do modelo internacional de negócios. E com o fim da crise e a Copa, a tendência é um ano positivo. Queremos nos empenhar no desenvolvimento de talentos e em novos formatos”, diz Mayra.
Os talentos também estão na mira da Corazon Filmes, além dos projetos de conteúdo. “Também estamos de olho no entretenimento, apesar de manter a publicidade como o principal business da produtora. Vejo 2018 com um ano bom”, diz Igor Ferreira, sócio-diretor executivo.

A torcida também está na estabilidade do mercado. Rejane Bicca, diretora de atendimento da O2 Filmes, comenta que isso é necessário para que a organização de ações e contrapartidas seja mais efetiva. “Teremos cada vez mais a integração de todas as áreas para que a gente possa entregar um trabalho outstanding”, conta.

A Trio também mostra otimismo para o crescimento. “Queremos fortalecer a marca que construímos até aqui, novas parcerias e alianças internacionais”, analisa Luciano Mathias, CCO da Trio.

Na publicidade e no conteúdo, Raul Doria, sócio-diretor da Cine, manifesta positividade. “Começamos com dois longas a serem filmados. Esta será nossa meta anual a partir de agora, além de ter vários projetos de branded content em desenvolvimento”.

A estratégia da Paranoid está no trabalho de várias frentes para continuar entregando comerciais, conteúdo próprio e entretenimento. “O cenário econômico dá sinais de melhora, o que deve fazer marcas retomarem investimentos em publicidade. Players como Netflix têm mostrado disposição em investir cada vez mais em produções locais e novos players devem chegar ao mercado”, opina Egisto Betti, sócio e produtor-executivo da Paranoid.

Trabalhar pela produção independente é a bandeira da Conspiração Filmes para 2018. “Temos de acreditar no nosso país e fazer a nossa parte: trabalhar duro, de forma séria, honesta, responsável e com qualidade para orgulhar os brasileiros e atrair os olhos do mundo”, diz Renata Brandão, CEO da Conspiração.

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