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O ano de 2016 será duro, mas há uma grande diferença para 2015. E a diferença é o próprio ano de 2015. Explico: todo ano, as empresas fazem suas previsões e projeções financeiras baseadas em um histórico. Esse histórico pode ser os últimos anos ou o ano anterior.

2015 foi, equivocadamente,  todo baseado em 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, com investimentos enormes em marketing e consumo anabolizado por um país ainda em festa e na calda longa de um desenvolvimento estimulado pelo crédito+consumo.

O que, sem crise econômica e política alguma, já seria uma diferença grande de desempenho entre o esperado e o realizado, foi, na verdade, um desastre.

O chão de 2015 não parou de abrir, nem os mais experientes e pessimistas economistas, marqueteiros e administradores conseguiram prever o tamanho do buraco e o reflexo dele em todos os setores.

Bom, mas e 2016?

Todo e qualquer planejamento de 2016 está baseado na tragédia de 2015, ou seja, uma previsão conservadora já seria considerada muito otimista. Isso significa que todas as empresas já estarão mais preparadas só por esperarem o pior na largada.

“Custo é como unha, tem de se cortar toda semana”. Este é o sentimento da entrada do ano novo. Receita nova é a lei e o mantra de todos.

A única esperança que precisa ser observada é que este país volte a ter a economia, o crescimento econômico, os investimentos, as contas e a estrutura como pauta principal e não que mantém ou quem toma o poder.

Essa falta de pauta é o imponderável que pode arrastar um mau cenário e o ano surpreender de novo os mais pessimistas.

Marcio Oliveira é CCO da Lew’LaraTBWA e presidente do Grupo de Atendimento