Nome referencial da publicidade global com mais de 50 Leões na área Film do Cannes Lions, como Homem de bem, para o Conselho Nacional de Propaganda, primeiro Leão de ouro brasileiro no festival, em 1974, e integrante, desde o ano passado, do Hall of Fame do The One Clube, de Nova York, Washington Olivetto vai presidir o júri executivo da primeira edição do LIAF (Lisbon International Advertising Festival).

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Serão 16 categorias em análise, entre as quais mídia impressa, inovação, filmes, relações públicas, branded content, promoção e ativação, craft e digital. O evento será realizado no próximo dia 14 de setembro, no tradicional Cinema São Jorge, na capital portuguesa. Olivetto é chairman da WMcCann e e Chief Creative Officer da McCann Worldgroup para a América Latina e Caribe.

Além de comandar o corpo de jurados da competição, Olivetto vai receber o Prêmio Carreira, que destaca sua influência na atividade publicitária desde que começou na Casablanca, a passagem pela DPZ, até abrir a W/GGK, que precedeu a W/Brasil, vendida ao grupo americano Interpublic, que resultominhas ambições, vaidades e senso do ridículo, eu acredito que tenho mais alguns anos de trabalho cotidiano. É um caminho lógico que eu me treine para me afastar quando completar 68 anos de idade, mas não parar de trabalhar. Isso é impossível porque tenho tesão permanente por trabalho. Quando vejo o meu amigo Caetano Veloso com mais de 70 anos e muito ativo profissionalmente, tenho a certeza de que a felicidade é o combustível que move qualquer pessoa nessa idade. Se continuar assim, não sei qual é o limite”.

Olivetto é defensor dos valores culturais brasileiros e como elemento-chave para a sua atividade. “O que marca na minha carreira são os projetos de continuidade, que podem ser emociou na WMcCann.

“Meu primeiro plano é rever Lisboa, cidade que adoro e não vejo faz tempo. Revisitando a capital portuguesa, aproveito também para conhecer representantes da nova geração de criação. Os festivais misturam atividades profissionais com sociais e funcionam como uma espécie de spa mental. São momentos de relax sem complexo de culpa”, explica Olivetto.

Disciplina é algo que Olivetto pratica e recomenda. Mas reconhece que não saber administrar a exposição pública é uma faca de dois gumes. “Tenho uma relação muito amigável com a minha exposição pública porque sei que trabalho com um negócio chamado comunicação de massa. Então, não tenho problema de ser um quase intelectual, o que não sou, ou quase povão, o que também não sou”.

E Olivetto não pensa em aposentadoria. “Sendo muito sincero e colocando nessa conta nais, humorísticos, musicais, racionais. O meu conhecimento da cultura popular ajuda muito na percepção das ações. Outro dia estava pensando que todas as vezes que me convidaram para trabalhar no exterior eu não tinha dúvida de que faria um bom papel, mas nunca quis aceitar porque sei que sou muito melhor no Brasil. Eu funciono melhor aqui porque dependo da cultura brasileira como fonte de inspiração”. explica, acrescentando que usou a brasilidade na campanha das Olimpíadas para o Bradesco. “O Brasil que está na moda, às vezes até de forma exagerada, pode mudar de patamar depois de 2016”, finaliza.