Paulo Giovanni, chairman e sócio da Leo Burnett Tailor Made, foi um dos homenageados do 7º Fórum de Marketing Empresarial, realizado neste sábado (3), no Guarujá (SP), pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) e pelo PROPMARK.

Alê Oliveira

“Eu quero obviamente agradecer ao Armando Ferrentini e ao Adonis Alonso, curadores desse prêmio, e ao Lide. Estou honradíssimo de receber esse prêmio junto a Sérgio Amado (Ogilvy) e Marcos Quintela (Newcomm), que são companheiros queridos no dia a dia. No trabalho somos concorrentes ferrenhos, mas no pessoal nos queremos muito bem, a gente se beija.  Fica aqui o meu beijo para eles. Quero também agradecer ao Armando pelo prêmio Homem de Marketing no ano em 2015”, falou Giovanni.

Ele contou que que viaja muito para participar das reuniões do board da Leo Burnett, realizadas a cada dois meses em um país diferente, e falou sobre o orgulho de ser brasileiro. “Sinceramente vejo muitas mazelas nesses países. E isso me faz lembrar uma frase do Tom Jobim. Em uma entrevista que deu perguntaram para ele como era morar em Nova York e ele disse: ‘Morar em Nova York é bom, mas é uma merda. Morar no Rio é uma merda, mas é muito bom’. Temos que ter orgulho do nosso país, apesar de todos os problemas que a gente pode ter, políticos e econômicos, o brasileiro é um forte. É preciso ter coragem para fazer um evento desse em um momento de tanta dificuldade que estamos vivendo. O Lide e o PROPMARK são como os brasileiros, são fortes e crescem com as crises, nas necessidades. Esse fórum foi feito por conta da coragem deles e dos patrocinadores”, destacou o publicitário.

“Queria também agradecer meus companheiros da Leo Burnett Tailor Made. Queria saudar o Maurice Lévy (CEO do Publicis Groupe), porque ele acreditou em cinco pessoas que há cinco anos lançaram uma agência (a Tailor Made) e seis meses depois ele comprou essa agência. Em 2011, a Leo Burnett ocupava o 19º lugar no ranking do Ibope Media e em abril nós fechamos em segundo”.

Antes de entregar o prêmio, que destaca os ícones da comunicação brasileira, Armando Ferrentini, presidente da Editora Referência (que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda), disse que era um prazer muito grande falar desse amigo, “que tive o privilégio de conhecer há muitos anos”. O publisher contou sobre um encontro entre eles em que Giovanni relatava que estava muito desanimado com São Paulo e pensava em voltar para o Rio de Janeiro, seu estado de origem.

“Isso faz uns 20 anos. Eu disse a ele que as coisas podiam demorar para acontecer em São Paulo, mas quando aconteciam eram definitivas. No Rio, poderiam acontecer mais cedo, mas eram mais transitórias. Parece que o Giovanni refletiu sobre o que falei e tirou da cabeça a ideia de voltar para o Rio. Sempre que nós conversamos lembramos desse episódio e ele credita a mim o fato de ter ficado aqui. É muito significativo quando um amigo escuta e segue um conselho de outro amigo”.

Alê Oliveira

Décio Clemente, que faz parte do conselho da ESPM, patrocinadora do 7º Fórum de Marketing Empresarial, fez um paralelo entre o slogan da instituição e Paulo Giovanni. “O slogan da ESPM é ‘quem faz transforma’ e o nosso homenageado faz e transforma. Giovanni começou a carreira aos 15 anos como radialista e tornou-se um dos maiores sucessos na publicidade”, destacou Clemente.