Produtora de conteúdo audiovisual, a Broders (com d mesmo, uma versão abrasileirada de brothers, irmãos em inglês) surgiu no mercado no início de 2017 com a proposta de atender à crescente demanda das marcas por filmes publicitários em redes sociais e vem obtendo sucesso.

“Percebemos uma mudança para novos formatos de mídia que está demandando uma nova logística de produção, nova inteligência de produção, saindo desses filmes milionários para novela. Provavelmente, vamos começar a entrar em um mercado que vai demandar filmes todos os dias, conversar com o público always on, o que exige recursos e formatos diferentes”, opina Bruno Pedroza, sócio e diretor criativo.

Ele dirige a Broders ao lado dos sócios André Almeida, Cassius Cordeiro e Rodrigo Furlan. A produtora atua basicamente em três frentes: publicidade para social media, live streaming e realidade virtual, uma área que a Broders vem se especializando cada vez mais. “Antes de embarcar na Broders, estava na Conspiração, atendendo o mercado de publicidade e senti na pele a mudança, o quão as verbas estavam sendo diluídas, sendo multiplicadas e a linguagem audiovisual se transformando. As marcas hoje se comunicam com vídeos de todas as formas, seja para vender produtos, contar uma história, seja para te ensinar a instalar alguma coisa. Tem muitas formas para se contar um conteúdo de uma marca”, avalia Furlan.

Na opinião dos produtores, o filme publicitário está se tornando cada vez mais perecível e, também por isso, as verbas estão mais diluídas. “Essa perecidade, principalmente na internet, pede que os filmes tenham uma resolução mais rápida e sejam colocados no ar com maior frequência, consequentemente o orçamento vai sendo mais diluído. Tem uma palavra que a gente gosta de usar, que é inteligência de produção, o que faz pensarmos em pessoas que saibam contar histórias com menos recursos, dando soluções mais criativas porque eu não tenho tanto tempo nem verba para fazer um filme de R$ 1 milhão, porque nem vale a pena fazer um filme com esse custo porque eu tenho de fazer cinco desses nesse mês. Temos de trabalhar com diretores que dão soluções criativas melhores porque temos menos recursos”, destaca Pedroza.

Segundo o diretor criativo, essa verba para filmes de redes sociais está crescendo cada vez mais. “Acho que ela nunca vai ser aquela verba do filme de 30 segundos, porque eu acho que essa verba também tende a sumir ou ser reaplicada diferente, a gente vem percebendo isso”.

Realidade virtual
Os projetos para produção em VR são uma das especialidades da Broders. “Estamos entre os top 6 no mercado, com projeto para o Salão do Automóvel, por exemplo”, conta Pedroza. Segundo ele, a ideia é trazer um pouco de stortytelling para a tecnologia. “Penso na tecnologia mais como um meio para contar histórias. A gente tem opção de ativação em espaços. Você cria uma memória para a marca, porque talvez a pessoa nunca tenha passado por aquela experiência e isso gera conversa. É uma forma de as marcas terem um diálogo bem impactante com o público. Nos próximos anos, veremos essa parte de realidade virtual crescer muito”.

Entre os clientes atendidos pela produtora estão marcas como Chevrolet, Hershey’s, Natura, Globosat, Netflix, Instituto Avon, Twitter, Itaipava, AOC, Doritos, Itaú, Tetra Pak e 99.