A animação Dream, nova criação da DDB NY para o Wildlife Conservation Film Festival (WCFF), tem produção assinada pela brasileira Zombie. Reconhecida e premiada mundialmente na área de efeitos em mídia impressa, a Zombie entrou na produção audiovisual internacional com um comercial que divulga o festival realizado entre os dias 17 e 23 de outubro, em Nova York. A peça continuará no ar como comunicação pela preservação do planeta. 

Divulgação

O filme apresenta quatro animais ameaçados de extinção contando suas histórias através da música I Dreamed a Dream (trilha do filme Os Miseráveis). Eles aparecem em seus habitats naturais e ganharam vida nos estúdios da Zombie ao som de vozes conhecidas como Natalie Bergman, que interpreta o Rino; Ryan Merchant, a baleia; Keenan O’Meara, o pelicano; e Tal Ficher Altman, a foca.

“Sabíamos que tínhamos nas mãos um trabalho com grande potencial para um tema extremamente relevante. Era um desafio enorme e a responsabilidade de transferir para o visual um roteiro incrível com uma trilha impactante. Cada detalhe faria a diferença no resultado final”, conta Paulo Garcia, cofundador e chief creative da Zombie.

O trabalho veio por meio da dupla Guilherme Rácz e Lucas Casão, da DDB de Nova York, com quem a Zombie trabalhou em vários projetos quando eles ainda estavam em agências no Brasil, como a Y&R.
Dream é a primeira produção deles. Até porque a área estava em desenvolvimento no estúdio até recentemente. O projeto ocupou cinco meses de um time de mais de 40 pessoas.

O objetivo do festival é lembrar as pessoas sobre a necessidade de proteger a biodiversidade. Garcia afirma que um dos desafios era tocar com a causa uma gama muito grande de pessoas, por isso a escolha de usar personagens que representassem diversos estágios de vida. A baleia representa a experiência e sabedoria de quem está há mais tempo neste mundo, na sua plenitude e grandiosidade, em contraponto ao pelicano, que é jovem e livre, que de repente vê a sua liberdade coibida, ou ainda uma mãe com um filho, que tem a vida tirada por culpa de um chifre e é privada do convívio com a sua cria.

O tema difícil, que precisava ser palatável, demandou da Zombie um bocado de perspicácia. O resultado é uma “montanha-russa emocional” em três minutos, que vai do ápice da felicidade à triste realidade da destruição causada pelos seres humanos ao planeta.

“O cuidado, o carinho e a dedicação de todos, somados ao empenho da DDB NY e da Mophonics, foi o que transformou esse projeto em algo tão especial”, disse Guilherme Rácz, diretor de arte da agência.
Thiago Carvalho, diretor de criação da DDB NY, comentou que a ideia já emocionava quando ainda estava no animatic. “O resultado final mexe muito com o espectador”, concluiu.

Para a Zombie, o filme de estreia é um ótimo cartão de visitas para impulsionar os planos da produtora de abrir algumas estruturas fora do Brasil para se aproximar de alguns clientes e mercados. Atualmente, a produtora trabalha na campanha de 60 anos da Play Doh, outra criação da DDB, e na campanha de lançamento de Brooks, pela Leo Burnett de Chicago.