Lançada há três anos e já com um portfólio de 6o produções, a Vetor Zero Filmes quer consolidar a qualidade do craft das execuções em animação que deram origem à produtora há cerca de 30 anos. O sócio e diretor de negócios Alberto Lopes enfatiza que esse diferencial é que vai continuar impulsionando o grupo e é elemento-chave na percepção do branding que conquistou no mercado.

Lopes foi o jurado da competição Film Craft do Cannes Lions 2018 e a indicação do festival, nas suas palavras, é um indicador de que a busca pela excelência não é casual. E não envolve apenas a produção de conteúdos com a técnica de animação e comerciais, como os que fez recentemente para a montadora Nissan e a Margarina Qualy, mas também séries, branded content, cocriação de textos e, por meio da divisão Lab, está habilitada a conduzir projetos de experiências imersivas com realidade virtual e desenvolvimento de aplicativos. Com o Lab já conquistou Leões no Festival de Cannes com VR Vaccine, para a Ogilvy e seu cliente Hermes Pardini; e Floresta sem fim, criação da David para a Faber-Castell.

Mas se busca espaço em outras especialidades, a animação continua tendo o maior volume de share no negócio. Em 2018, passou a realizar vinhetas para datas comemorativas da Rede Globo, entre as quais Mães e Namorados, e a sedimentação dos projetos internacionais. Por exemplo, para a rede de supermercados angolana Candando, sob encomenda da agência Bron, produziu o comercial Reis da brincadeira, com técnica 3D e inspiração no modelo Pixar.

“A Vetor Zero é uma startup de tecnologia que começou no fim de 1980 com as novidades da computação gráfica. Nos anos 1990, com a vinda da indústria toy, passou a contar histórias com essa técnica. A Pixar foi fundamental para toda a indústria. No ano 2000 lançamos a butique Lobo Filmes, com o frescor do motion design. Hoje, percebemos que há oportunidades em todas as técnicas, sempre com a ideia de mostrar nossa raíz de tecnologia, mas sempre com olhar para as marcas”, explicou Lopes.

O conjunto da obra é a referência para trabalhos como a produção Caminhos, criação da Crispin Porter + Boguski para o uísque Johnnie Walker. “Foi a primeira vez que o caminhador foi configurado em animação”, celebra Lopes. O mercado internacional garantiu à produtora desempenho extra neste ano e vai influenciar o seu balanço financeiro.

A parceria com a TBWA Paris garante a produção de filmes globais com franquias de cinema como Hotel Transilvânia, Animal Jam e Super Mario Bros., todas para o McLanche Feliz. Para a ONG Day One e em parceria com a BBDO de Nova York conduziu a produção Sunshine. A ação Best of the seas, para a Scott’s, foi encomendada pela Grey Singapura.