Estamos vivendo uma era de mudanças aceleradas, a velocidade exponencial do conhecimento está transformando todas as indústrias como a conhecemos.

Tudo está na nuvem e agora estamos todos conectados.

Na indústria de mídia não é diferente. Não bastasse a busca pela inovação, agora as empresas também precisam acompanhar a mudança de comportamento das pessoas.

É por isso que, cada vez mais, os veículos de comunicação relevantes serão aqueles presentes nesse novo contexto de vida das pessoas. Elas têm uma nova relação com consumo, com a cidade e com o sentido de posse. Tudo o que costumávamos ter como valioso até aqui temos que reinterpretar para o que será valioso a partir de agora.

É assim que está tomando corpo esse novo OOH, uma mídia contemporânea e ousada, que está sabendo se adaptar à nova vida urbana e se integrar às diferentes características de cada ambiente onde se encontra. Para se ter uma ideia, o próprio conceito de OOH vem se ampliando. Deixamos de trabalhar somente com os formatos tradicionais e estamos incorporando as mídias on-the-go, ou seja, o mobile, o Wi-Fi, os sistemas de entregas de mídia geolocalizadas, apps de mobilidade, hit map de presença e por aí vai.  

Que tal mostrar um holograma do seu produto, em diversos ângulos, dentro de um painel no ponto de ônibus? Ou misturar realidade virtual e real dentro da mesma campanha, com a chamada “mixed reality”? As possibilidades são infinitas.

E num mundo em que as compras virtuais são cada vez mais frequentes, como fazer o público olhar, cheirar ou sentir um produto antes de decidir pela aquisição? A mídia exterior está aí para isso. Ela deixou de ser um mero display para ser ponto de experimentação.

Ao fazer um “calltoaction”, por meio de um QR code, após provar o produto o consumidor é diretamente levado a uma “landingpage”, onde ele pode efetivar a compra na hora, sem o risco de perder essa valiosa audiência para o “depois eu pesquiso” ou para o “depois eu ligo”.

Em algumas campanhas que já realizamos pudemos experimentar essas combinações e, desde o ano passado, criamos uma área especifica de apps, para desenvolvermos soluções que combinem as campanhas OOH com games, realidade aumentada e apps úteis na vida das pessoas quando elas estiverem fora de casa. Fomos a primeira empresa a realizar uma campanha de rua com tecnologia 3D, abrindo caminho para um amplo mercado de criação e impactos através desse formato.

O ano de 2018, acredito, será o ano da virada, pois marca a retomada de nossa economia, além da disponibilização para o mercado da métrica de audiência OOH. O MapaOOH é um projeto inédito na América Latina, que recebeu mais de R$ 12 milhões de investimento das três principais empresas do meio. Os primeiros dados da pesquisa demonstram que um roteiro de 300 faces em mobiliário urbano em São Paulo, durante uma semana, estaria entre os cinco programas de maior audiência da TV aberta.

O mercado está em franco crescimento, com potencial de dobrar de tamanho nos próximos três anos. Isso tudo devido à criatividade tipicamente brasileira e ao trabalho fantástico das agências que superam os limites e realizam integrações entre o OOH e os demais tipos de mídia.

Estamos vivendo um tempo de transformação e o OOH se apresenta como uma solução de massa, mas com inteligência. Um veículo seguro e confiável, mas com o dinamismo necessário para inovar e integrar essas novas pessoas à tecnologia e às cidades.

 

Anderson Santos é Diretor Geral de Planejamento e Inovação da Otima