Múcio Ricardo/Divulgação

Otaviano Costa está celebrando o retorno ao veículo que o lançou profissionalmente aos 15 anos de idade: o rádio. Ele apresenta o “No Ar com Otaviano Costa”, na Rádio Globo, diariamente, das 8h às 11h45. A atração mistura informações, música, entretenimento e permite ao artista o contato com o público que o acompanha(va) na TV. “É muito impressionante porque mesmo diante destes tempos modernos, dessas multiplataformas, esse povo, essa galera, ainda gosta de surfar muito a onda do rádio”, diz.

Mas além das ondas sonoras, ele segue na TV agora à frente do “Tá Brincando”, que estreou no sábado (2). Após cinco anos no Vídeo Show, que foi encerrado recentemente, ele enfrenta um desafio solo na telinha. “Foi uma decisão difícil, mas consciente e planejada. Queria novos desafios e por isso acabei saindo no meio do ano passado, mas nunca imaginei que o programa fosse acabar. Fui muito feliz ali e tenho uma enorme gratidão por tudo que o Vídeo Show me proporcionou. Uma honra ter feito parte dessa história. Fiquei bem triste quando acabou, mas falando em inovação, a TV Globo está sempre em movimento e com certeza vem por aí um novo ciclo de sucesso nas nossas tardes”, conta.

Na entrevista a seguir, ele fala um pouco de seu DNA artístico, seu lado garoto-propaganda, a trajetória com marcas como o Bradesco, cuja parceria completa uma década, a valorização da pontualidade e a a paixão por dormir.

Quando você começou a trabalhar com marcas? Era um desejo seu? Como foi esse começo?
Meu primeiro trabalho com uma marca foi para a construtora Gafisa, em SP, quando apresentei um evento corporativo. Tinha uns 17 anos aproximadamente. Nunca foi um desejo, propriamente, mas foi algo que aconteceu naturalmente. Com a minha exposição na mídia e repercussão do meu trabalho, as marcas começaram a me colocar no seu radar de acontecimentos. E desde então nunca mais parei.

Você pesquisa a marca? Quais são os seus critérios para fechar uma parceria?
Sempre. Fundamental! Tanto para as empresas já renomadas e respeitadas no mercado, como para as novas empresas que me buscam para alavancar sua marca e produtos. Os critérios são amplos, mas entre eles estão a história, reputação, posicionamento e DNA dos produtos e serviços. Claro que a ideia criativa e o conceito são importantes e decisivos para fluir.

O que você mais gosta e o que menos gosta durante a gravação de campanhas? 
Sintonia, vibração do time com o qual vou estar e a criatividade. Um time feliz, confiante e objetivado gera um resultado incrível. Já o que menos gosto é desorganização no planning da jornada e falta de pontualidade. Sempre valorizo o líder/diretor que usa a lógica para otimizar o tempo e trabalho de forma inteligente e criativa. 

Pensando nos seus valores e ideais, quais perfis de marca que melhor combinam com você?
Destaco a importância de uma análise em via de mão dupla, sempre. Pois marcas já consagradas, diante da pesquisa que realizamos, podem ampliar valores que já fazem parte do meu DNA pessoal/artístico. E aí pode ser um casamento perfeito. Por um outro lado, novas marcas podem agregar valores e desafios que me interessam, que me identifico e pode vir a somar ao meu branding. É muito bom poder ajudar uma marca que tem boas inovações e ideais a crescer.

O que é necessário para promover marcas com qualidade e fluidez nas redes sociais?
Precisa ter verdade e identificação. Óbvia inteligência, criatividade e, principalmente, o conhecimento do DNA específico de cada rede que será utilizada, para determinar com precisão a melhor forma de abordagem do público desejado. Cada rede tem um organismo, um fluxo, uma “conversa”, engajamento etc, muito próprios. Detectando isso e “traduzindo” o que precisa ser comunicado, não tenho dúvidas do sucesso.

O que tem aprendido sobre propaganda e marketing nos últimos tempos?
Da necessidade constante de atualização e observação do mundo e das pessoas. Estamos mutantes. Somos inquietos. Mas principalmente em me envolver apenas com aquilo que acredito, que aposto.

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Como vê as discussões sobre temas da sociedade e a cobrança do público pelo posicionamento ou pela retratação de marcas e empresas?
Estamos passando por uma fase muito interessante e produtiva, neste aspecto. A sociedade está ressignificando e recodificando tudo e todos. Uma grande e positiva “atualização de software” dos novos tempos. As empresas precisam refletir, acompanhar esta evolução e desenvolver ferramentas e comunicação que estejam atentas e alinhadas com este novo “mindset”, que chega de maneira muito abrangente, supreendente e imediata, especialmente, através das redes sociais. Velocidade, sensibilidade e inteligência são fundamentais, mais uma vez. 

Você tem uma relação duradoura e sólida com o Bradesco. Como começou e o que tem agregado a sua vida/carreira?
Neste ano completo dez anos de uma ótima parceria com o banco. Tudo começou com o convite do seu time de marketing, para apresentar, em 2009, o seu principal evento: o POBJ (Programa de Objetivos Bradesco – que apresento até hoje). Neste tempo todo, apresentei seus maiores eventos, já fui garoto-propaganda, dei voz para outras campanhas, fui um dos seus embaixadores para todo ciclo olímpico Rio 2016, entre outras coisas. O banco me trouxe a oportunidade de agregar ao meu currículo, experiências pessoais e profissionais, que levarei para vida. Cases desafiadores, pequenos ou grandes, mas acima de tudo, felizes e emocionantes. 

Como foi a saída do Vídeo Show? Foram cinco anos bem intensos. E o que sentiu agora com o anúncio do fim da atração?
Foi uma decisão difícil, mas consciente e planejada. Queria novos desafios e por isso acabei saindo no meio do ano passado, mas nunca imaginei que o programa fosse acabar. Fui muito feliz ali e tenho uma enorme gratidão por tudo que o Vídeo Show me proporcionou. Uma honra ter feito parte dessa história. Fiquei bem triste quando acabou, mas falando em inovação, a TV Globo está sempre em movimento e com certeza vem por aí um novo ciclo de sucesso nas nossas tardes.

Tenho visto uma boa expectativa nas redes sociais para o Tá Brincando. O que você está sentindo nesse momento? Como se preparou para o novo desafio?
Por mais que a larga experiência me dê a exata amplitude de um fato como este, a estreia sempre gera mais ansiedade e expectativa. E mirando, obviamente, no feedback do público e da crítica especializada. Mas nada como o “day-after” da estréia, pra tudo voltar ao normal. O segredo é respirar fundo e deixar o inevitável acontecer, seja ele qual for.

Globo/Raquel Cunha

O que deseja levar para o público? O que destacaria de mais interessante do formato?
Você acredita que cada um de nós tem um propósito de vida? Eu acredito. Todos temos uma missão. Tenho absoluta certeza que nasci para levar alegria, emoção e comunicação para todos. Parece clichê, mas é uma sensação muito verdadeira. E eu destacaria no programa, o foco no DNA intergeracional, em que mostramos pessoas de 60, 70, 80 anos de idade, que ao se conectarem aos mais novos, mostram que os limites físicos e existenciais só existem em nossas mentes.

O que você consome de mídia audiovisual? O que está assistindo/ouvindo?
Tenho sempre dois olhares: o do profissional de mídia/TV e do consumidor de multimídias. Meu radar de conteúdo acaba sendo muito amplo, pois minha busca por conhecimento e diversão andam lado a lado, em TVs abertas, na internet, plataformas de streaming, livros, jornais e muito mais. Vou dos programa de TV, talk shows, games shows, etc passando pelos canais do YouTube, séries mais bombadas e documentários diversos. 

O que você está lendo? Poderia falar um pouco a respeito do que está acompanhando ou acompanhou por último?
Estou terminando de ler “O piloto de Hitler” (sou um entusiasta das histórias e fatos sobre a Segunda Guerra Mundial), que conta como o líder nazista, através de um avião feito para ele, se deslocava e tomava muitas decisões dali mesmo, por todo céu da Europa. Os relatos de vários episódios são muito interessantes e surpreendentes, pois imagine tudo que um simples piloto, pôde testemunhar, como piloto e companhia de uma das figuras mais assombrosas de todos os tempos.

O que faz no tempo livre?
Ficar com minha família, aproveitar minha casa, praia, tocar meu piano, cantar, ler meus jornais, livros, ver filmes, séries, documentários, jogar video game e, dormir. Muito. 

 

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