139 agências disputam elaboração da marca das Olimpíadas Rio 2016

O número de agências que se inscreveram na concorrência que definirá quem desenvolverá a marca dos jogos olímpicos do Rio 2016 surpreendeu o comitê organizador do evento no Brasil. Foi o que revelou Leonardo Gryner, diretor de marketing e comunicação do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016, esta manhã durante a sua participação no IV Fórum Internacional ABA Rio de Marketing Esportivo, promovido pela ABA (Associação Brasileira dos Anunciantes), na capital carioca.

Segundo Gryner, 139 agências se inscreveram no processo que definirá cinco ou seis finalistas em junho. Puderam participar agências e empresas associadas da Abap (Associação Brasileira de Anunciantes) e da Abdesign (Associação Brasileira de Agências de Design); credenciadas no Cenp (Conselho Executivo de Normas-Padrão), ou que tivessem funcionários associados da ADG (Associação de Designers Gráficos do Brasil). Todas as concorrentes deverão participar da apresentação do briefing inicial na terça-feira (11), no Rio de Janeiro, em um encontro que durará o dia inteiro.

Cinco ou seis finalistas serão definidas em junho sendo que, a partir daí, cada uma receberá uma verba de R$ 10 mil para desenvolver a logomarca. A vencedora será gratificada com R$ 40 mil. Gryner informou ainda que as propostas das finalistas deverão ser entregues no dia 5 de agosto e a comissão julgadora definirá a vencedora nos dias 10 e 11 do mesmo mês.

Se uma empresa for apontada vitoriosa, sua proposta seguirá, sem que ela seja informada, para uma avaliação do COI (Comitê Olímpico Internacional). A entidade dará seu parecer técnico e legal. Caso o COI concorde com a escolha, a agência será comunicada e a marca apresentada em dezembro. A partir daí, a vencedora receberá uma verba de R$ 780 mil para que desenvolva em seis meses o escopo do trabalho, que será sigiloso. Gryner esclareceu que o cronograma pode ser alterado e o processo demorar mais caso o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 não fique satisfeito com as marcas apresentadas. Se isto acontecer, ele pode ser reiniciado com todas ou algumas das finalistas.

Projeto Comercial

O diretor de marketing e comunicação do Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 também informou que apenas em setembro será apresentado ao mercado o projeto comercial dos jogos, com todas as possibilidades de patrocínio locais. “Manter e preservar a marca olímpica exige cuidados especiais. O programa doméstico de patrocínio será divulgado a partir de setembro e envolverá ações que começam a partir de 1º de janeiro de 2011 e seguem até 2016”, explicou, acrescentando que o programa será de ações de marketing conjuntas envolvendo o (Comitê Olímpico Brasileiro), CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro) e a cidade sede. “Reunir os três em um só pacote é uma das iniciativas para evitar o marketing de emboscada”, colocou.

A abordagem junto ao mercado será feita por categorias, sempre respeitando os direitos de exclusividade dos patrocinadores. “É um programa blindado quanto a concorrentes. Ele garante a exclusividade no segmento”, explicou. Com isso, a Coca-Cola, por exemplo, que é patrocinadora global dos jogos desde 1928, tem a exclusividade no segmento de bebidas não alcoólicas.

Gryner também esclareceu que os direitos de patrocínio dos jogos no Brasil serão negociados diretamente com o COB enquanto os direitos internacionais ficam por conta do COI. “Mas o COI só aceita conversar com possíveis patrocinadores se eles já tiverem contrato celebrado com o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016. Só assim um anunciante se qualifica para o patrocínio internacional”, informou.

O diretor de marketing e comunicação do Comitê Organizador dos jogos do Rio acrescentou que os direitos de transmissão dos jogos olímpicos na televisão, rádio, internet e celular são negociados diretamente com o COI. Já os dos jogos paraolímpicos estão à cargo do COB.

por Teresa Levin