3 pecados da distribuição de conteúdos e como resolvê-los
Ano após ano o comércio eletrônico tem se tornado mais democrático no mercado brasileiro, apresentando números sólidos de crescimento (12% em 2017) e evidenciando um consumidor cada vez mais habituado com a compra online. Mas ao passo que temos um número maior de shoppers circulando neste meio, precisamos ser transparentes em relação ao desafio que ainda temos de reduzir a barreira de entrada e buscar sempre promover a experiências mais próximas da realidade do mundo físico.
Entre outros fatores que contribuem para a uma boa experiência como a Tecnologia, Logística, Atendimento, vale lembrar que no e-commerce temos também cada vez mais oportunidades de formatos de comunicação, informação e conteúdo, para fazer a vez do vendedor físico e dar ao consumidor o poder de conhecer os produtos no detalhe e fazer um processo de compra assistido.
Se você atua no e-commerce, já deve ter se deparado com as planilha de cadastro ou com necessidade de produzir fotografia de seus produtos para alimentar a galeria das lojas, certo? Pois então, podemos dizer que o trabalho de produção de conteúdo de um produto acompanha o início do seu ciclo de vida sendo essencial para a venda no meio digital.
Este pode ser um trabalho amplo, em especial quando falamos de empresas com um volume grande de skus, ou aquelas que comercializam seus produtos no varejo online. Exemplo: Faça a conta da quantidade de produtos X a quantidade de varejistas. Este total deve gerar a quantidade de páginas (URL. Este número pode ser enorme e aumentar muito a responsabilidade da indústria em relação a estas informações.
Ou seja, o desafio vai além de produzir o conteúdo, mas de fazer com que ele seja utilizado corretamente pelos varejistas onde seu produto será comercializado.
Hoje, é necessário que tudo esteja interligado. É preciso usar a tecnologia a favor da sua operação e começar a abrir mão de métodos convencionais de distribuição de conteúdo, que demandam tempo das equipes e geram inconsistências nas informações.
Para começar a vira esta chave, listamos 3 principais pecados na distribuição de conteúdo:
1. Gestão das Informações:
Gerenciar todas as informações dos produtos com os varejistas sempre foi um grande problema para a indústria. Normalmente, com a distribuição em larga escala, os itens chegavam ao ponto de venda sem o descritivo correto devido a problemas ocasionados por falhas em logística ou comunicação. Hoje, com o auxílio da tecnologias de Gestão de Informação de Produtos ou Catálogos Online, os dados podem ser gerenciados digitalmente e disponibilizados de maneira mais organizada ao players da sua cadeia.
2. Integridade do Conteúdo:
Hoje existe um gap entre os conteúdos produzidos pela indústria e aquilo que será efetivamente utilizado nas páginas dos varejistas. Portanto, sem uma boa visibilidade sobre seus conteúdos produzidos e os pontos de venda (varejistas) que precisam utilizar, estes últimos acabam por não utilizar as informações da maneira correta, colocando determinado item ao lado do concorrente e com uma descrição insuficiente. Isso dá margem para que o consumidor opte pelo artigo de outro fabricante por conta de pequenos detalhes que poderiam ser facilmente corrigidos.
3. Auditoria e Visibilidade:
Gerenciar inúmeros varejistas para entregar de forma correta os conteúdos produzidos e ainda assegurar a integridade das suas informações para fechar o ciclo da venda on-line não é uma tarefa fácil. Hoje, com a quantidade de players no mercado virtual, a indústria precisa de ferramentas que sejam capazes de analisar constantemente as páginas de venda dos clientes, verificando se as informações chegaram e se estão sendo utilizadas da maneira correta.
Para reduzir essas situações, os gestores precisam contar com empresas capazes de garantir a entrega e a usabilidade de plataformas integradoras, relacionando os varejistas com o e-commerce. Assim, seu conteúdo será distribuído para o varejo on-line de forma imediata, garantindo a unidade da informação e, consequentemente, aumentando a chance de converter com seu consumidor.
Pedro Lage, é CCO da iSee Retail Solutions