30 jovens que mudaram a publicidade em 2020

(Divulgação)

Assim que a pandemia se tornou realidade, tudo mudou completamente. Freelancers ficaram sem trabalho, campanhas e programas de estágios foram adiados, agências reduziram suas equipes e quem continuou trabalhando teve que adotar uma nova rotina de pressão, incertezas e videochamadas no Zoom.

O fato é que, em meio à uma nova realidade, profissionais encontraram a oportunidade de fazer algo para ajudar a transformar o mercado. De uma premiação para levar jovens da periferia de São Paulo ao Festival de Cannes e um vídeo para confrontar o racismo e o elitismo que já alcançou mais de 170 mil visualizações, a lista anual do Papel & Caneta acaba de ser lançada destacando 30 jovens que lutaram para tornar 2020 um ano melhor para a indústria.

Desenvolvida ao longo do ano ao selecionar ideias e iniciativas que foram lançadas de forma independente, a lista reúne um grupo formado por 11 homens e 19 mulheres. Além disso, antes de o resultado ser oficialmente divulgado, um encontro foi feito no Zoom com o apoio da FLAGCX para que todos pudessem se conhecer, compartilhar suas jornadas e entender como podem se apoiar.

Entre os nomes se destacam há pessoas como Felipe Silva, que trabalha como redator na VMLY&R, mas também é fundador da Escola RUA, a primeira escola de publicidade gratuita do país.

A lista também inclui Tiago Tuiuiú, supervisor de planejamento da Africa que criou um áudio-documentário sobre meritocracia e Camilla Rodrigues, fundadora do PorTips e diretora de arte na Wunderman Thompson.

“Estar na lista me faz sentir acolhido. Saber que tantos projetos existem confirma que essas não são perspectivas únicas dentro da indústria de comunicação. Que não estamos diante de puramente um movimento isolado de pessoas descontentes. Estamos falando de um movimento real de mudança de pessoas que não aceitam mais ‘são as regras do jogo’ como resposta para tudo”, reflete Lucas Schuch, criador do podcast “Propaganda não é só isso aí” que, em Junho, ouviu mais de 420 profissionais e lançou a pesquisa “Home office: tá bom para todo mundo? Mesmo?”.

Para Larissa Araújo, co-fundadora do AfroPausa, é “surreal pensar que um dia chegaria a estar nessa lista”. “Quando vi a lista de 2019 eu fiquei admirada por tantas pessoas incríveis ali, e hoje ver um projeto que nasceu para ser algo pequeno e mudar nossa pequena bolha se tornar, ou melhor, ser reconhecido me deixa ainda mais orgulhosa”, comemora.

“Nossa ideia inicial era compartilhar nossas vivências, experiências e mudar nosso meio e, hoje, estar nessa lista nos faz ter a certeza que estamos no caminho certo”, diz.

Veja a lista completa e suas respectivas histórias aqui.