4 motivos que fizeram a Artplan adotar um processo de seleção às cegas
A agência passa a contar com uma plataforma de recrutamento que traz como ponto de partida a seleção às cegas. O projeto é feito em parceria com a Empregare.com, software de recrutamento e seleção inteligente, que reformulou sua plataforma com essa opção, a pedido da agência. O novo modelo é iniciativa do Comitê de Diversidade da Artplan e o objetivo é evitar o viés inconsciente do contratante que tende a optar por perfis semelhantes de candidatos.
Ao anunciar uma nova vaga, agora a agência retira do currículo todas as informações que são desnecessárias para uma primeira fase de recrutamento como nome, gênero, foto, estado civil, idade, endereço, redes sociais, instituição da formação acadêmica e dos cursos extracurriculares, nome e porte da empresa na experiência anterior e número de filhos. Após essa primeira etapa, os selecionados seguem para as demais fases do processo, como testes situacionais e de competências, para só então chegar na fase de entrevistas por telefone e/ou presencial.
Confira os quatro principais motivos pelos quais a Artplan escolheu tal processo:
1 – Mais justiça
“É muito gratificante trazer esse processo de seleção para o mercado publicitário. Nosso time de Gestão de Pessoas dará o suporte necessário para que todo o processo funcione como planejamos. É uma forma de inclusão muito mais justa e que irá ampliar o nosso leque de opções, além de tornar nosso ambiente de trabalho ainda mais saudável e diverso”, afirma Rodolfo Medina, presidente da Artplan.
2 – Inclusão
“Este modelo de seleção vai trazer novos desafios para a forma com que identificaremos talentos para ingressarem na agência. Estamos animados com o desafio e esperamos que contribua para maior diversidade na Artplan e maior inclusão de profissionais no mercado de trabalho”, diz Sandra Poltronieri, gerente de gestão de pessoas da Artplan.
3 – Diversidade
“A Seleção às Cegas é parte fundamental de um plano de diversidade muito mais amplo que estamos trabalhando para termos uma agência mais inclusiva e respeitosa”, afirma Flávia Campos, diretora geral de planejamento da Artplan São Paulo e líder do Comitê de Diversidade da agência.
4 – Benchmark
Este método de contratação surgiu na Europa como política pública e tem se espalhado pelo mundo. Na França, por exemplo, há uma lei que obriga companhias com mais de 50 funcionários a adotarem o recebimento do currículo às cegas. Em outros países, como Espanha, Reino Unido e Finlândia, mais Holanda e Suécia, abraçaram a prática voluntariamente sendo utilizada em multinacionais, como Deloitte e HSBC. No entanto, no Brasil, este ainda é um assunto muito pouco abordado pelas companhias.