75% dos jovens britânicos "não conseguem viver sem internet", diz pesquisa
Uma pesquisa realizada com jovens britânicos e divulgada nesta quarta-feira (14) mostra que 75% dos quase mil entrevistados afirmaram que “não conseguem viver sem a internet”. Intitulada Life Support: Young people’s needs in a digital age, a sondagem foi encomendada pela ONG YouthNet, que trabalha com jovens, e entrevistou 994 jovens com idade entre 16 e 24 anos.
45% dos entrevistados afirmaram que se sentem mais felizes quando estão online e 82% disseram que já usaram a internet para procurar por conselhos. Além disso, 32% concordaram que não precisam conversar com outras pessoas sobre os problemas pessoais, já que encontram toda a informação que precisam na internet.
“A pesquisa ilustra o papel vital que a internet tem na vida dos jovens. Mais do que apenas manter contato, a própria internet e sua população online se tornaram confidentes para jovens que enfrentam um período difícil, estressante e confuso”, disse a conselheira do governo britânico para Infância e Tecnologia, Tanya Byron.
Além da aparente dependência dos jovens com relação à informação disponível online, a pesquisa sugere ainda que a maioria acredita que a internet é um ambiente seguro. Cerca de 76% dos entrevistados afirmaram que conhecem a rede e são fluentes em tecnologia e teriam capacidade de distinguir websites falsos. Segundo os jovens, a internet é segura, “se você sabe o que está fazendo”.
O autor da pesquisa, Michael Hulme, professor da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, considera os jovens entre 16 e 24 anos como “nativos digitais”. Segundo ele, pessoas com essa idade cresceram em um ambiente rico em computadores e tecnologia móvel.
“Para os jovens, a internet é parte do mundo deles e não uma entidade que existe isolada do mundo real, mas opera como elemento completamente integrado”, afirmou.
Segundo a diretora da YouthNet, Fiona Dawes, por esse motivo, “a necessidade de que o mundo online seja um local seguro e confiável nunca foi maior”.
As informações são da BBC Brasil.