76% da população é menos consciente em relação ao consumo
O Instituto Akatu revelou os resultados da quinta edição da Pesquisa Panorama do Consumo Consciente no Brasil: desafios, barreiras e motivações, realizada com o patrocínio da ONU Meio Ambiente e das empresas Coca-Cola Brasil, Grupo Boticário, Natura, Cargill e Unilever.
Seu objetivo é avaliar a consciência e o comportamento do consumidor em relação ao consumo consciente, a sua percepção e a expectativa quanto às práticas de sustentabilidade e responsabilidade social das empresas. O estudo comprova os resultados da pesquisa qualitativa do Akatu (2015) sobre Barreiras e Gatilhos para o Comportamento Sustentável do Consumidor.
Levantamento mostra que busca por uma vida mais saudável leva consumidor a escolhas mais sustentáveis e menos consumistas
Foram entrevistados 1.090 homens e mulheres, com mais de 16 anos, de todas as classes sociais e de 12 capitais e/ou regiões metropolitanas de todo o país. A pesquisa analisou o quanto algumas atitudes fazem parte da rotina dos entrevistados ou fazem parte dos hábitos de compras, a partir dos comportamentos que compõem o Teste do Consumo Consciente (TCC), identificados nas primeiras pesquisas feitas pelo Akatu, que envolve 13 comportamentos.
O grau de consciência dos brasileiros é categorizado nos seguintes perfis: indiferente; iniciante; engajado e consciente. Considera-se como indiferentes aqueles que aderiram a até quatro dos 13 comportamentos listados; iniciantes, de cinco a sete; engajados de oito a 10 e conscientes de 11 a 13. Um dos principais resultados foi o crescimento dos consumidores iniciantes (38%), que correspondia a 32% em 2012.
A pesquisa apontou que são 76% os menos conscientes (indiferentes e iniciantes) em relação ao consumo determinado principalmente pela idade, qualificação social e nível educacional: entre os mais conscientes, 24% têm mais de 65 anos, 52% são da classe AB e 40% possuem ensino superior.
Durante as entrevistas, 10 temas foram propostos para avaliar a preferência por caminhos do consumismo ou da sustentabilidade. O ranking evidencia uma preferência pela sustentabilidade em detrimento do caminho do consumismo: entre as 10 ações mais desejadas, sete dizem respeito ao caminho sustentável e apenas três ao consumismo. O fio condutor nessa escolha é o desejo por um estilo de vida saudável, com alimentação natural, fresca e nutritiva. Porém, o desejo pelo carro próprio, predominante nas classes mais baixas (CDE), é a maior barreira à liderança absoluta do caminho sustentável.
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