93% dos brasileiros pretendem dar presente neste Natal

Muito embora a situação da economia brasileira esteja longe de ser a ideal, aproximadamente 137 milhões de pessoas deverão dar algum tipo de presente neste Natal. Esse foi um dos apontamentos feitos pela pesquisa do SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), que foi apresentado nesta terça-feira (17), em São Paulo. 

Na comparação com o ano passado, o total de consumidores que pretendem presentear alguém passou de 87% para 93%. Apenas, 1,1% dos consumidores ouvidos não têm a intenção de comprar presentes e 5,6% ainda estão indecisos. “Nós percebemos que a intenção de presentear alguém no Natal é algo cultural do brasileiro e dificilmente mudará”, afirma Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. 

Apesar do número elevado, constatado em todos os estratos sociais, o gasto médio por presente deve sofrer uma queda em razão do agravamento da crise econômica, com pressão inflacionária e escalada dos índices de desemprego. Para os consumidores que já projetam os gastos, a redução real será de 22%. 

Levando em consideração os entrevistados que disseram o quanto iriam desembolsar, o gasto médio por presente deverá ser de R$ 106,94, quantia inferior aos R$ 125,22 verificados no mesmo período de 2014. Os consumidores das classes C, D e E devem gastar um valor ainda menor: R$ 97,85 em média por presente. O número de indecisos também é alto: 46,6% dos entrevistados não têm ideia do valor que devem desembolsar para pagar os presentes natalinos. No ano passado, o percentual de consumidores que não sabiam o quanto iriam gastar era de apenas 8,7%. 

“Por outro lado, os números também indicam que os entrevistados estão receosos com as despesas de Natal, em virtude da queda da confiança do consumidor, consequência direta do aumento do desemprego, da alta da inflação e da atividade econômica mais fraca. O consumidor quer presentear e não vai deixar de fazê-lo, mas sabe que o momento é de cautela e que por isso, os gastos devem ser mais bem pensados”, afirma a economista.