A revolução dos Bichos (parte II)

Passei a vida ouvindo que um bom truque para um comercial dar certo é colocar um animalzinho gracioso em cena. As estatísticas comprovam o acerto da medida. Hoje fazemos comunicação não só utilizando cães, gatos, pássaros para vender automóvel, sorvete, apartamento, como também fazemos comunicação para os cães, para os gatos e todos os pets em geral.

Quando anunciamos um alimento para cães (não confunda ração com alimento, os fabricantes ficam loucos de raiva), utilizamos cores, ângulos de câmera, sons, para atrair os pais do pet (nunca chame os pais de um pet de donos, eles ficam loucos de raiva) e os próprios. Meu Zequinha (um pastor de shetland Q.I. 130) fica hipnotizado com cenas que passam na TV, interage, conversa (seu filho-cão nunca late, fala), quer pular para dentro da cena e eu fico registrando esses momentos para usar para meus clientes e prospects da área. Meu Sammy Davis Jr (um gato preto, 19 anos, ligeiramente caolho) desfila sua senioridade pela casa até ser pego por um jogo no Ipad.

Rejuvenesce em dois segundos. Suas patinhas tentam pegar os objetos, até por trás do Ipad, ele pede ajuda (seu filho-gato nunca mia, sussurra), até que você o acolha nos braços e o faça dormir e sonhar sonhos de gato (os melhores).

Sentir e participar desse mundo é que provoca o encantamento em criar para esses seres. É tão fácil. É tão mágico e prazeroso. Aceito os desafios.

Uma agência que tem um rinoceronte como mascote tem mais que obrigação de entender o universo dos animais de estimação.

 Fernando Piccinini é vice-presidente de Criação da Rino Com