Durante reunião preparatória realizada nesta quinta-feira na sede da Escola Superior de Propaganda & Marketing, em São Paulo, ficou claro que há divergências sobre a realização do 4º Congresso Brasileiro de Propaganda em julho de 2005 conforme proposta do CNP (Conselho Nacional de Propaganda). Sob a liderança de Hiran Castelo Branco, presidente do CNP, o encontro tinha como objetivo definir uma estratégia para a realização do congresso. A Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) afirmou que sua prioridade é o 6º Ebap (Encontro Brasileiro das Agências de Publicidade) em maio do próximo ano. “Somos contrários à realização do congresso, primeiro porque estamos comprometidos com outros projetos como o Ebap, e depois porque não concordamos em participar de algo que já está pronto incluindo tema e comissões. A Abap, nesse momento, não quer estar envolvida com esse projeto”, disse Dalton Pastore, presidente da entidade que representa os interesses corporativos das agências de publicidade. O Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) também não apóia a realização do 4º Congresso. “O momento não é oportuno. Cada setor deve promover seus congressos separadamente, como a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), por exemplo, faz. O que vai acontecer nesse congresso? Uma discussão infindável sobre modelo econômico e forma de remuneração”, argumentou Petrônio Corrêa, presidente do Cenp. O Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), representado no encontro da ESPM pelo vice-presidente Luís Celso Piratininga, considerou “ditatorial” a forma como foi apresentado o evento. “Prefiro algo mais democrático, com discussão mais ampla. Com tudo definido, a iniciativa fica limitada. Temos que ter um evento que contemple um tema institucional e que consagre um projeto. No congresso anterior foi criado o Conar. O que vamos fazer neste 4º Congresso? Como o Conar é uma entidade criada pelo mercado, não podemos participar da organização e nem dar apoio”, ponderou Piratininga. A ABP (Associação Brasileira de Propaganda), Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda), Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão), APP (Associação dos Profissionais de Propaganda) e Abemd (Associação Brasileuira de Marketing Direto) defenderam na reunião a realização do congresso.
Paulo Macedo