Abap-Rio reúne mercado para debater rentabilidade de agências

 

Cerca de 50 profissionais do mercado publicitário carioca reuniram-se na manhã desta segunda-feira (11) para discutir um tema essencial para as empresas de comunicação: os desafios em torno da rentabilidade. Foram convidados para o evento, realizado pela Abap-Rio (Associação Brasileira de Agências de Publicidade do Rio de Janeiro), os publicitários Antonio Lino Pinto, da Viramundo, Antonio Calil Cury e o advogado João Luiz Faria Netto, consultor da entidade.

“O evento deixou clara a importância do assunto rentabilidade nas agências de todos os tamanhos e tipos. Ficou claro que a questão de regime de impostos é uma decisão que tem que ser tomada com muito cuidado e depois de muitas contas”, disse Gustavo Bastos, sócio e diretor de criação da 11:21.

Cury, vice-presidente da Nova/sb, abordou a implantação do sistema de distribuição de lucros entre os funcionários. “A distribuição de resultados pode promover um envolvimento maior com o dia a dia da empresa, reduzindo gastos e evitando desperdícios. Este procedimento não é raro, apesar de não ser um procedimento genérico no segmento”, disse o publicitário. Para ele, além de evitar desperdícios, o processo é um maior estímulo ao desempenho profissional e reconhecimento dos serviços prestados.

Lino, da Viramundo, falou sobre opções tributárias e a importância da boa gestão financeira para as empresas. Segundo ele, o problema maior das agências, em especial, é a remuneração inadequada. “As agências, na negociação com o anunciante, aceitam uma remuneração menor, mas não negociam uma redução na entrega. É matemático. A conta não fecha. Ao reduzir a receita, é preciso reduzir os custos. O que vem ocorrendo é o contrário. O anunciante quer pagar menos e ter mais. Pagar menos e ter mais são regras de mercado há tempos, portanto nada a questionar. Cabe às agências, isso sim, estabelecer o limite nessa negociação.”, disse.

Lino também diz tem percebido que muitas empresas acabam optando pela tributação de “lucro presumido” e podem estar pagando impostos a mais. Ele ainda falou sobre o Super Simples, segundo ele uma grande novidade que pode ajudar as agências com até $ 3.600.000 de receita bruta no ano, a partir de 2015.