Os resultados do Mercado Livre até setembro do último ano mostram uma expansão de 41,1% em relação a igual período do ano anterior, chegando a US$ 3,369 bilhões. Os números, de acordo com os executivos, foram impulsionados pela abertura da plataforma para o desenvolvimento de novos produtos por parceiros e o constante investimento em tecnologia.
“O que mantém o nosso crescimento é ter focalizado em se adaptar a novos tecnologias”, disse Stelleo Tolda, vice-presidente da operações da empresa. Para Helisson Lemos, diretor geral da empresa para o Brasil, com a abertura para o trabalho com parceiros, em 2010, criou-se um leque de possibilidades. “Desenvolveremos unidades ainda não existentes com as nossas empresas parceiras”. Segundo ele, o Mercado Livre conseguiria chegar a esses produtos sozinho, porém teria que deslocar recursos que hoje atendem a outras frontes.
Presente em 13 países e com 62 milhões de usuários cadastrados, até setembro de 2011, o Mercado Livre tem no Brasil o seu principal mercado: 60% da receita. Pela importância, o país passa a contar com um centro de tecnologia, em São Paulo, cujo é objetivo é focar no desenvolvimento de produtos para o mercado nacional, como plataformas de classificados e de geolocalização. “O Brasil vive um momento econômico de grande desenvolvimento e cabe dedicar recursos exclusivos”, disse Tolda. O primeiro centro do Mercado Livre foi criado na Argentina e, mais recentemente, a empresa abriu uma unidade em Palo Alto, no Vale do Silício, no Estados Unidos.
Entre os números fechados nos nove primeiros meses de 2011, a empresa registrou 36,9 milhões de produtos negociados, um acréscimo de 32,3% em relação a 2010. A divisão de Smartphones foi a de maior movimentação pelo terceiro ano consecutivo, seguido por acessórios para carro e para celulares, respectivamente segundo e terceiro colocados. Informática ficou em quarto e roupas masculinas completa o top 5.
Planos
A empresa também comentou sobre os planos para o ano de 2012. Verticalização da plataforma, com criação de canais trabalhados para produtos como moda, por exemplo, e o aumento do investimento em tecnologias e em mobilidade são os pontos, na visão dos executivos da empresa, para continuar a expansão registrada nos últimos anos.
Os números obtidos com o desenvolvimento da versão mobile da empresa, que acumulou 1,1 milhão de downloads de aplicativos desde o lançamento em agosto para celulares, segmento que responde em torno de 3% de todo o tráfego, são um sinalizador do potencial da área. Tolda reconhece, porém, que o tráfego originado por mobile ainda é pequeno, apesar de afirmar que não há uma meta para a empresa. “Nos Estados Unidos, algumas empresas contam com uma visitação de cerca de 10%”, disse. Pelo registro das compras realizadas via mobile, celulares e telefonia, informática, acessórios para veículos, eletrônicos, áudio e vídeo, pela ordem, foram os mais vendidos.
por Marcos Bonfim