Abertura lenta e gradual
O coronavírus nos pegou em cheio, colocando nosso país dentre os primeiros do mundo com maior número de vítimas (mortes e internações hospitalares) das perigosas contaminações provocadas pelo mesmo.
Somente nos últimos dias as notícias diárias deixaram de piorar, como vinha ocorrendo até há pouco. Levamos muito tempo, e ainda em meio a brigas políticas, para importar os insumos que requerem as nossas vacinas, além de um tempo ainda maior para importar vacinas já prontas do exterior.
Uma verdadeira guerra estabeleceu-se entre a Presidência da República e alguns governadores, boa parte deles brincando de mocinho e bandido, enquanto a população sofria as consequências do avanço do inimigo praticamente solto por todo o país.
Hoje, felizmente, temos uma situação um pouco melhor, com os meios de comunicação começando a noticiar no fim de cada dia uma diminuição, embora ainda pequena, dos casos mais graves.
Essa diminuição deve ser considerada pelas autoridades, começando a imediata reabertura de parte do comércio, além de outros setores como o da prestação de serviços, todos com grandes dificuldades financeiras e alguns já tendo fechado definitivamente as suas portas, provocando dessa forma uma outra forma de epidemia: a do fracasso econômico, insuportável em um país do tamanho do nosso.
Não temos mais de esperar que diminuam até zero as aglomerações, o uso de máscaras, o lavar constante das mãos e outras providências semelhantes, visando a educação de toda a população brasileira no combate ao que já pode ser chamado de mal do século em todo o planeta.
Estamos vendo outros países de povos mais cultos e respeitosos que o nosso conseguindo se reerguerem, alguns até rapidamente, porque abandonaram a política de cerceamento das pessoas, liberando-as para continuar fortalecendo a economia dos seus respectivos países.
Sempre haverá – e no Brasil muito mais – os desobedientes, os ignorantes, os machistas, os que aproveitam a pandemia para se exibirem debochadamente.
Cabe à própria população ordeira e consciente policiar essa qualidade rara de imbecis, dispostos a fazerem gracinhas e demonstrarem coragem, com a consequente desobediência das regras estabelecidas pelas autoridades. Cada vez serão menos, enquanto o lado esclarecido da população sairá ao menos com a vida dessa invasão pandêmica ainda pouco compreendida até pelos profissionais das ciências médicas e biológicas.
Repetimos: o que não podemos é deixar que nos vençam pela sua ignorância, obrigando os governos a manter as portas da economia fechadas, produzindo um prejuízo incalculável.
O título deste editorial também deve ser entendido como um recado de máxima necessidade às autoridades, apressando o quanto antes, tanto o lenta como o gradual, caso contrário, teremos mais vítimas do fracasso da economia do que as provocadas pela misteriosa Covid-19.
O futuro breve nos dará razão.
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Imperdível nesta edição a matéria sobre a mudança anunciada pela WMcCann a partir de 1º de julho próximo: Hugo Rodrigues, que era CEO e chairman da agência, vira executive chairman e André França, atual VP de mídia, será o novo presidente.
Nenhuma crítica à alta direção da agência, pois está partindo do consagrado princípio do homem certo no lugar certo. O tempo transcorrido desde a chegada de Hugo Rodrigues à WMcCann foi suficiente para demonstrar sua vocação para executive chairman, mais ligado com isso ao dia a dia da agência e aos problemas dos seus clientes.
Quanto a André França, aparentemente um salto grande de VP de Mídia, para transformar no novo presidente da agência.
Para nós, outra medida extremamente inteligente e adequada aos tempos em que vivemos na comunicação do marketing, muito a ver com o aproveitamento de mídia por parte dos clientes, cujos trabalhos não vendem mais apenas produtos e serviços, mas também e principalmente a imagem do anunciante, o que provoca o resto com força redobrada.
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O que acima está dito bate com a decisão da nossa Redação, capitaneada por Kelly Dores, de aproveitar este momento de valorização da mídia para fazer desta edição do PROPMARK um arauto desse importante ferramental do marketing e da sua filha mais direta, que é a propaganda. Através da mídia impressa, sempre mais confiável, o mercado tem nela aumentado a aposta das suas fichas, pois reconhece que as demais mídias estão exageradamente ocupadas com a Covid-19 e com o entretenimento dos seus telespectadores, uma boa atitude diante da sofreguidão da população, da angústia que a todos atinge pelas medidas de restrição (lembrando aos mais velhos tempos de guerra) à liberdade de locomoção das pessoas, gerando, na maioria delas, além da preocupação com a Covid-19, um necessário, mas estranho, sentimento de imobilização.
O resumo dessa história é o de que podemos vencer a batalha médica, mas perderemos muito na economia, como estamos perdendo e ainda não sabemos quanto. Temos tido apenas alguns espasmos do mercado a nos informar que a conta de toda essa pandemia recairá, na sua maior parte, sobre a população de menores recursos.
Assim, fez bem a alta direção da WMcCann de promover André França, aplaudido pelo mercado como grande especialista de mídia, como presidente da agência. Pois é na mídia, hoje não mais apenas na criação, que se ganha dinheiro nas agências.
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No dia 17 de maio próximo, circulará a edição de aniversário do PROP- MARK, nascido a 21 de maio de 1965, que completará 56 anos de circulação semanal ininterrupta.
Nosso Departamento Comercial tem boas propostas a oferecer aos anunciantes, agências, meios de comunicação, produtoras e toda a sorte de negócios hoje engajados nesse fascinante mercado, para um anúncio nessa edição comemorativa que já está sendo planejada pela nossa Redação.
Mais informações poderão ser obtidas com as profissionais do nosso Comercial, Mel Floriano (11 2065-0748) e Monserrat Miró (11 2065-0744).