Objetivo do documento é padronizar o processo de seleção de agências

A Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) e a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) lançaram o "Guia de Compras de Serviços de Comunicação Corporativa".

A iniciativa visa a aprimorar e padronizar o processo de seleção de agências de comunicação corporativa. O guia abrange desde a importância de um briefing sólido até a transparência na avaliação e proporciona diretrizes para uma abordagem ética e eficiente.

O guia ressalta, na Fase 1, a primordialidade de estabelecer um briefing sólido, destacando sua importância como fonte crucial de informações sobre empresa, mercado, produtos, serviços, públicos-alvo, territórios da marca e valores. Recomenda-se a utilização de um modelo de briefing fornecido pela Abracom para otimizar a concorrência.

Na Fase 2, a ênfase recai sobre a necessidade de garantir transparência e igualdade de informações entre os concorrentes. Sugere-se a apresentação simultânea do briefing a todas as agências, seguida por períodos iguais para transmissão individualizada, assegurando uma avaliação equitativa das competências por meio de portfólios e lideranças das empresas concorrentes.

A Fase 3 destaca a importância de uma RFP (Request for proposal) detalhada, abrangendo briefing, prazos e propostas técnica e comercial claras. O guia ressalta a necessidade de dedicar um tempo adequado, sugerindo um prazo de 2 a 3 semanas para as propostas, considerando a complexidade do edital.

A transparência no processo de avaliação é o ponto central da Fase 4, desde as etapas iniciais até a avaliação das propostas técnica e comercial. O guia destaca a importância de critérios claros e uma metodologia divulgada para garantir uma decisão objetiva alinhada às reais necessidades. A avaliação das competências e do portfólio das agências é enfatizada na Fase 5, incluindo a solicitação de apresentação do portfólio de ofertas, clientes, segmentos atendidos e cases.

A Fase 6 destaca a necessidade de garantir orçamento antes do início da concorrência, enfatizando a importância de negociações justas que considerem estrutura de equipe, escopo de trabalho e investimento no serviço. A Fase 7 aborda soluções éticas para situações como apropriação indevida de ideias, sugerindo a possibilidade de dividir o trabalho entre duas agências ou solicitar um orçamento para a ideia apresentada por outra agência.

As Fases 8 a 10 enfatizam a importância de processos eficientes, feedback transparente e a necessidade de as agências concorrentes terem ciência do nível de detalhe na avaliação das propostas, seguindo padrões éticos para garantir relações mais transparentes e equitativas entre agências e anunciantes.

(Crédito: Foto de Sean Pollock na Unsplash)