ABTA abre congresso e TV paga projeta crescimento

A Feira e o Congresso do setor de TV por Assinatura, organizado pela ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), começou nesta manhã com o painel “As portas da TV digital”, com a participação de Leila Loria, presidente da TVA, Luiz Eduardo Baptista, diretor geral da DirecTV, Francisco Valim, diretor da Net Serviços, Ricardo Mirando, presidente da Sky, e Chris Torto, executiva da Vivax. O evento vai termina na próxima quinta-feira (4), em São Paulo no espaço ITM Expo. Este ano, o destaque ficará por conta do Triple Play. O evento vai contar com a presença de empresas do setor, fornecedores de tecnologia, palestrantes internacionais e representantes do governo, que vão discutir a situação atual e o futuro da TV Paga. O setor de TV por assinatura não tem do que reclamar.  Pelo menos é o que garante Alexandre Annemberg, diretor- executivo da ABTA. Na semana passada o executivo divulgou que, conforme pesquisa da entidade o setor apontou, já no primeiro trimestre, crescimento na base de assinantes de 1,2%, em relação a dezembro de 2004. Se comparar com o mesmo período do ano passado, o crescimento chega a 6,6%. A expectativa é que, até o final do ano, setor cresça 6%. O faturamento do segmento atingiu R$ 1,1 bilhão nos três primeiros meses do ano, enquanto em todo o ano 2004 arrecadou R$ 4 bilhões.
Um estudo realizado pela entidade, baseado em três cenários, projetou o crescimento da base de assinantes de TV paga nos próximos cinco anos. O cenário otimista prevê chegar a 2010 com 6,88 milhões de usuários, hoje são 3,8 milhões. Vale lembrar que, atualmente, o país conta com 20 milhões de casas, que dispõem de cabo ou antenas MMDS em sua área, que podem receber o serviço. No cenário Base, a indústria atingiria 5,7 milhões. Já no cenário pessimista, o número chega a 2010, com 4,05 milhões.
O executivo ressaltou que expectativa é que a base de assinantes aumente significativamente, principalmente, com a regulamentação de uma Lei Geral de Comunicação Eletrônica pelo governo federal. O projeto trata da questão de concentração de conteúdo estrangeiro na grade de programação da TV por assinatura.
Ele diz que “com a recente mudança de comando, com a posse do ministro Hélio Costa, que é ligado ao setor, a entidade espera uma melhora no atual cenário político, para uma discussão do tema”.

Andréa Valerio