"Acreditamos muito na força da criatividade como ferramenta de transformação"
Cofundador da Pikko, Deny Zatariano atuou na JWT, Contrapunto (Espanha) e Cheil Worldwide, entre outras
Na era das redes sociais com influencers ditando o ritmo de parte substancial da comunicação, inclusive com os grandes grupos estruturando áreas e empresas de influência, a essência da plataforma de creators Pikko é seu alinhamento com conteúdo em escala e autenticidade, explica o cofundador Deny Zatariano.
Ele atuou em agências como JWT, Contrapunto BBDO (Espanha), REF+ e Cheil Worldwide, além de ter sido head de comunicação da startup Gringo. No mercado hispânico, ajudou a construir o case #FreteAbusivoNão, para o Mercado Livre, reconhecido entre as 25 Most Contagious Campaigns pela revista britânica Contagious em 2018.
“Acreditamos muito na força da criatividade como ferramenta de transformação, e nosso papel é criar esse ambiente em que marcas e creators prosperem juntos”, frisa.
Qual é a proposta da plataforma?
É um ambiente onde marcas entram, dizem quantos conteúdos precisam, e recebem vídeos feitos por criadores que realmente se conectam com aquela mensagem. Não é só sobre volume, é sobre impacto. Centenas de pessoas diferentes contando a mesma história ao mesmo tempo, cada uma com a própria voz. É assim que ajudamos marcas a mobilizarem comunidades inteiras de forma orgânica, relevante e humana. Acreditamos muito na força da criatividade como ferramenta de transformação, e nosso papel é criar esse ambiente em que marcas e creators prosperem juntos, mantendo a essência humana viva em cada interação. No fim do dia, é isso: mobilização digital com propósito. O resultado são campanhas que convertem mais, com custos menores.
Como está sendo a sua experiência em tão pouco tempo de mercado?
Em oito meses, já validamos o modelo com diversos cases reais. Uma fintech, por exemplo, precisava comunicar uma mudança regulatória em tempo recorde: 20 vídeos em 72 horas. Conseguimos não apenas cumprir o prazo, mas entregar conteúdos que rodaram em campanhas performáticas com CTR acima da média. Outro caso foi com uma edutech de Florianópolis, que precisava de uma comunidade de creators regionais de cinco estados do Nordeste: em cinco dias lançaram a missão e receberam vídeos vindos de todas as regiões fazendo com que a marca conseguisse falar com o mercado local levando diversidade e a regionalidade para a comunicação. Nossos clientes também reduziram o CAC (Custo de Aquisição de Clientes) em 16%, segundo um levantamento interno. Isso acontece porque substituímos processos manuais, como negociações individuais e revisões intermináveis, o que conhecemos dentro de growth como “creative cycle time”, por uma plataforma que conecta marcas a criadores de forma inteligente.
Hoje, temos produtores ativos e clientes, que enxergaram no UGC não apenas economia, mas autenticidade escalável. E há uma discussão mais ampla em jogo: é fato que a IA vai inundar a internet de conteúdo. Mas, se queremos que marcas se conectem de verdade com as pessoas, o conteúdo humano precisa ser tão ágil, escalável e acessível quanto o conteúdo 100% gerado por IA. É exatamente isso que estamos entregando na Pikko, o melhor dos dois mundos: velocidade e eficiência com autenticidade e verdade.
Qual é o benchmark da Pikko?
Vem da observação de como outros setores resolveram problemas parecidos com os da produção de conteúdo: fragmentação, ineficiência e escalabilidade. Estudamos modelos de plataformas tecnológicas em mercados como o de mídia programática, e-commerce e gig economy, onde a padronização e a automação foram chave para escalar com qualidade. A diversidade de exigências, prazos e valores entre criadores hoje gera um cenário fragmentado, com custos elevados e processos burocráticos. Negociações individuais, variações de entrega e a dificuldade em manter um padrão de qualidade comprometem a eficiência das campanhas, afetando empresas de todos os portes. Plataformas como TikTok, Kawai e Meta já estão lançando os próprios programas de UGC de forma individual, o que valida ainda mais esse movimento de mercado. As agências de influenciadores também têm seu papel e estão buscando novos modelos para atender essa nova demanda. O diferencial é permitir que cada marca tenha o próprio motor de criativos, com produção contínua e reutilizável. O conteúdo gerado via Pikko pertence à marca dentro do período contratado, podendo ser utilizado em diversos canais.
Leia a entrevista completa na edição do propmark de 21 de julho de 2025