Africa é condenada a indenizar Fischer América

O imbróglio do caso Zeca Pagodinho volta à tona. A Africa, presidida por Nizan Guanaes e responsável pela conta  da Brahma, foi  condenada pela Justiça de São Paulo a indenizar  a  Fischer  América, agência de Eduardo Fischer que cuida da Nova Schin, por danos morais e
materiais no episódio envolvendo o cantor. A sentença foi proferida pela juíza Adriana Porto Mendes, da 9ª Vara Cível, que reconhece  que  a  Africa  praticou ‘concorrência desleal’ e cometeu ‘ato ilícito’  ao  patrocinar a ruptura do contrato firmado por Zeca Pagodinho
com  a Nova Schin, para que o cantor pudesse estrelar comercial da concorrente Brahma.
Reconhece  ainda que agência de Nizan Guanaes fez ‘comparações de caráter subjetivo com a finalidade de denegrir a imagem do produto divulgado pela Fischer’, contrariando o Conar (Código Brasileiro de Auto-Regulamentação  Publicitária).  “Neste  ponto, vale lembrar que ainda que este Código não tenha a natureza de lei, pode ser considerado como um compromisso  entre  as  pessoas que atuam no ramo publicitário. Existe um compromisso (…) que deve ser respeitado para evitar condutas como a que foi noticiada nestes autos”, afirma a juíza em seu despacho.
A decisão da Justiça estabelece que a Africa terá de pagar indenização no valor  de  R$  600 mil por danos morais, sendo R$ 500 mil devidos à Fischer América, por ser a idealizadora da campanha que primeiro  utilizou  Zeca Pagodinho como garoto-propaganda, e o restante à
One  Stop,  empresa  também  controlada  por Eduardo Fischer que atuou na condição de interveniente do contrato com Zeca. Ficou  também  estabelecido  o  pagamento  pela África de indenização por danos  materiais  em  razão dos prejuízos causados à Fischer América pela
  inviabilização  do segundo filme da campanha da Nova Schin, que já estava  contratado  com  o artista, no montante equivalente aos valores recebidos  pela agência pela veiculação do primeiro filme da campanha ‘Experimenta’. Esses valores estão estimados em aproximadamente R$ 5,5 milhões.
Até o fechamento desta nota, representantes da Africa não foram encontrados pela reportagem do Propaganda & Marketing Online