Afrofuturismo, protagonismo feminino, IA: o último dia do Festival LED 2023
O segundo dia do Festival deu palco para mais assuntos relevantes e atuais
O segundo e último dia do Festival LED 2023 foi marcado, mais uma vez, por discussões necessárias e relevantes para a sociedade brasileira nos dias atuais, sempre com enfoque na educação do país.
Com mediação da jornalista Kenya Sade, os convidados Jonathan Ferr, Morena Mariah e Tina Calamba colocaram eu pauta o afrofuturismo. A mesa “O futuro é preto. Reimaginando a educação com as lentes do afrofuturismo”, apontou o afrofuturismo como uma poderosa ferramenta, especialmente em sala de aula.
“Eu acho que quanto mais a gente vai aprendendo sobre o passado e descobrindo sobre nós, mais o nosso presente vai ficar preto. Quando mais fomos representados, mais pretos nós seremos no presente”, afirma Morena Mariah, especialista em afrofuturismo.
Já no Palco LED Inova, realizado no Museu de Arte do Rio (MAR), Poliana Abritta mediou um bate-papo com Christina Xavier e Regina Luz sobre protagonismo feminino.
A mesa "Com quantas jornadas se faz uma mulher? Protagonismo feminino na educação", começou com a leitura de poesia de Conceição Evaristo pela professora e escritora Regina Luz, mãe da cantora Larissa Luz.
“Tantas mulheres foram silenciadas e não tiveram esse espaço de fala. Como exemplo cito Maria Firmina dos Reis, que no século 19 não pôde assinar seus artigos por causa da sociedade patriarcal machista. E hoje estamos tendo a oportunidade de diálogo, estou me sentindo respeitada”, afirma Regina Luz, professora e escritora, mãe da cantora Larissa Luz.
As participantes enfatizaram que, apesar de protagonismo feminino estar ganhando força, elas ainda enxergam que a população feminina ainda segue mais sobrecarregada com a tarefa de educar seus filhos, além de afazeres do lar e ocupação de vários papéis no dia a dia.
“Nós mulheres somos múltiplas e ainda somos mães. Eu contei toda a minha vida com minha mãe (a atriz Chica Xavier), e com um coletivo de outras mulheres para que eu pudesse me tornar mestre em bioquímica e doutora em vigilância sanitária”, conta Christina Xavier, cientista, mãe da atriz Luana Xavier.
Entrando no assunto tecnologia, no início da tarde aconteceu a mesa "Revolução ou "modinha"? Como a inteligência artificial está transformando as formas de ensinar e aprender", mediada pela jornalista Andréia Sadi e participação dos convidados Bianca Kremer, Felipe Castanhari e Martha Gabriel.
Martha Gabriel abriu a conversa com uma palestra positiva sobre o uso de Inteligências Artificiais. “Qualquer tecnologia transforma nossa realidade e dá poder se a gente souber utilizar”, destacou a executiva e consultora nas áreas de inovação em negócios e transformação digital.
Felipe Castanhari apresentou questionamentos sobre os malefícios da IA. Bianca Kremer, professora e pesquisadora em direito e tecnologia completou a fala do youtuber também com comentários pertinentes. “Eu penso que talvez seja interessante fazermos recalculo de rotas para pensarmos que tipo de tecnologia queremos projetar para nós, para nossa sociedade e para nosso desenvolvimento econômico”, enfatizou Bianca.
Os convidados terminaram a roda de conversa buscando esperança e maneiras de envolver todas as pessoas, de todas as culturas e de todos os gêneros das discussões dos impactos da IA.
Apesar do encerramente do Festival, todas as conversas ficará disponível gratuitamente ao público em uma trilha no Globoplay.