Agências avançam no mobile marketing

Ao menos uma campanha em mobile marketing no ano de 2010, é o que fizeram 62% das agências brasileiras. Para este ano, a previsão é de que o percentual cresça a 87%. É o que aponta o estudo encomendado pela Mobile Marketing Association da América Latina (MMA Latam) à empresa de consultoria Nielsen, realizado no Brasil, Argentina e México, com 300 agências, 100 de cada país, compreendidas nos segmentos de agências digitais, offline; agências de promoção e ativação, digitais e offline; e as digitais, offline e de promoção.

A pesquisa, cujo objetivo era analisar o conhecimento das agências sobre mobile marketing, entrevistou gerentes de atendimento, planejamento e mídia, nos três países, hoje representantes de cerca de 70% da receita da região. E o resultado surpreendeu. “O que chamou mais atenção é que eles estão investindo bastante em serviços inovadores. Esperava mais SMS”, disse Thiago Moreira, diretor de Telecom da Nielsen Brasil. A afirmação é uma referência à fotografia de que 51% das ações desenvolvidas no Brasil são jogos móveis, seguidas por informações ou alertas sobre produtos, serviços e informações, 46%, e download de músicas e vídeos, 44%. O Brasil é o País com os conteúdos mais inovadores na América Latina (veja abaixo).

Para 2011, 50% das agências brasileiras pretendem investir em aplicativos para iPhone, 30% para Android e 27% para Blackberry. Além disso, o mercado nacional foi o único a sinalizar o interesse por criar campanhas para tablets, com 14%. Para registro, outro dado exclusivamente nosso é que alguns executivos não souberam dizer se a agência fez ou não campanhas e se fará neste ano.

De acordo com Jesper Rhode, presidente do Conselho da MMA Latam e diretor de Parcerias e Inovação da Ericsson América Latina, o estudo mostra uma tendência de evolução e maior propensão das agências a apostar no mobile marketing. “Entendemos que os canais de maior valor agregado, com conteúdos sofisticados e celulares habilitados para fazer downloads vão aumentar”, projeta. Ou seja, o velho SMS, que nunca conseguiu espaço privilegiado por aqui, especialmente pela obrigatoriedade de pagamento pelo usuário e custo elevado, está com os dias contados, como demonstra o seu declive em países como os europeus.

Nas agências entrevistadas no Brasil, 4% do investimento publicitário é direcionado ao mobile marketing. Para Rhode, o segmento representa 1% do mercado digital. Sobre a perspectiva de América Latina, o mobile marketing vem crescendo a 44% ao ano e deve fechar 2011 com 50%. Já em nível global, o setor movimenta US$ 16 bilhões.

por Marcos Bonfim