Agências podem direcionar clientes para as leis de incentivos fiscais

Agências de propaganda brasileiras estão se especializando em um novo nicho de mercado. Além de tradicionalmente cuidar da produção de campanhas publicitárias para consolidar imagens e vender produtos, as empresas do setor estão se responsabilizando por direcionar os incentivos fiscais advindos do Imposto de Renda, de seus clientes tributados pelo lucro real, para entidades e/ou projetos aprovados pelos órgãos federais competentes. “Entre os aspectos levados em consideração na hora de optar para onde vai o dinheiro, estão os riscos e benefícios de associar um nome e uma marca a determinada entidade e/ou projeto”, exemplifica Émerson Dátilo, diretor presidente da Synergia Consultoria e Assessoria para o Terceiro Setor, que detectou esta tendência. Atualmente, existem em torno de meia dúzia de leis federais e outras tantas de cunho estaduais e municipais que permitem usar parte do IR, para diversos setores. Até o último dia do ano, por exemplo, as empresas poderão direcionar até 4% do IR para centenas de entidade e/ou projetos, tanto na área cultural (Lei Rouanet), a fim de incentivar a produção de filmes e livros e a produção de exposições de arte, quanto para beneficiar crianças e adolescentes por meio dos Fundos Municipais da Criança e do Adolescente (Fumcad). As próprias agências de propaganda também têm direito a esse redirecionamento.