A Plá Comunicação, que participou da concorrência do Ministério da Saúde, denuncia que houve fraude no processo de licitação para escolha das agências de publicidade. A informação é da revista Veja. O edital de licitação foi lançado em agosto. Na semana passada, as vencedoras foram anunciadas. Das 38 agências que disputaram, quatro foram selecionadas. A ganhadora foi a Fields 360. Em segundo lugar ficou a Calia, seguida da nova/sb e da Cia de Comunicação e Publicidade. 

A Plá formalizou a denúncia com registro em ata. Segundo a empresa, no momento em que as propostas foram abertas, uma funcionária saiu da sala levando envelopes para que elas fossem fotocopiadas em uma sala à parte, sem fiscalização. A ordem para as cópias, de acordo com ela, partiu de Levi Lourenço, assessor do Ministério da Saúde.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o processo de licitação para contratar agências de publicidade vem sendo realizado de forma transparente e estritamente de acordo com a legislação específica (Lei 12.232/2010 e Lei 8.666/1993). “Causa estranheza que a lisura do certame seja questionada apenas após o anúncio das empresas classificadas. Em nenhum momento, ao longo dos mais de três meses passados desde o lançamento do edital, houve qualquer espécie de contestação”.

O Ministério da Saúde informa ainda que seria impossível a alteração de notas, conforme alegado por uma das agências desclassificadas – que ainda não apresentou recurso fundamentado. “Durante sessão pública realizada com a presença de representantes das 38 agências inscritas, o presidente da Comissão Especial de Licitação abriu o envelope lacrado que continha a ata de julgamento com as pontuações das concorrentes. Todos os documentos estavam assinados pelos julgadores que avaliaram as propostas das agências. O presidente da comissão rubricou, então, todas as páginas do documento e indagou aos presentes se havia alguma observação ou questionamento. Não houve manifestação. Assim, o presidente informou que cópias seriam tiradas e distribuídas a todas as licitantes, o que foi feito por servidores do ministério em condições que impediriam qualquer troca ou alteração nos documentos”.