Mais do que a criação de uma comunicação relevante e memorável, além de toda a parte de veiculação de mídia, os anunciantes têm demandado das agências um olhar apurado para negócios. Segundo Kevin Zung, COO da WMcCann, a demanda do mercado é por uma conversa mais profunda, passando por estratégia, uso de dados e inovação, visando resultados efetivos. Ele, que chegou à agência em janeiro, tem justamente essa missão. “Estamos trazendo para a mesa soluções de negócios para ajudar as marcas a terem um papel com real significado na vida das pessoas”, afirma.

Nesse sentido, ele destaca trabalho feito para a Coca-Cola com os Pin Tabs. “Criamos uma inovação no próprio produto. Transformamos as argolas das latas de Coca-Cola sem açúcar em pins colecionáveis dos personagens da franquia Vingadores. As latas com os pins esgotaram-se em meia hora no e-commerce da marca”.

A Mutato também tem apostado em projetos que envolvem relevância e engajamento, sobretudo, no digital. A agência foi responsável pela campanha de lançamento no Brasil do smartphone Samsung Galaxy S10 na internet. O filme local destacou as principais inovações da linha junto a avanços tecnológicos que hoje fazem parte do dia a dia dos consumidores. Como resultado, a campanha alcançou mais de 21 milhões de visualizações no Youtube.

Segundo Decio Freitas, VP de negócios da Mutato, o semestre foi marcado pela oportunidade de criar conteúdos alinhados com a essência da agência. “Geramos conversas que são relevantes para o público e que resultam em engajamento positivo para as marcas que atendemos. Para a Samsung, a campanha se tornou tão relevante que contamos com a adesões como a da cantora Mahmundi, que entrou espontaneamente na conversa das redes da marca”.

Alê Oliveira

O período foi marcado para muitas agências pela ampliação de serviços em clientes já atendidos dentro de casa. A DPZ&T, por exemplo, aumentou sua participação no Itaú e McDonald’s, passando a atender também as contas digitais dos clientes. Para Eduardo Simon, CEO da agência, o momento é de consolidar a percepção como parceira de transformação dos negócios dos clientes. “Tirando as contratações de substituição, trouxemos 22 novos profissionais no semestre. Fizemos um reforço importante na mídia e BI, que tem a ver com nossa preocupação de como trazer a conversa de performance para o centro do negócio, mudando a forma de operar a mídia, com foco em resultados, e o BI para lidar com a informação de forma rápida. Temos tanto esforços de pessoas quanto de tecnologia, com ferramentas que ajudam a responder os clientes de forma rápida”.

A Leo Burnett Tailor Made também aposta na mídia como uma das chaves para a transformação do negócio. A agência amadureceu o departamento de data, sob a liderança de Tiago Lara, que após passar por uma transformação, tendo como diretriz a junção na essência entre a estratégia e a área de BI, ampliou a produção de estudos e insights produzidos para todos os clientes e setores da agência. Segundo Marcio Toscani, co-CEO e COO da Leo, a área tem feito um cruzamento de diversas fontes para uma entrega de “análise poderosa e com potencial de mover ponteiros de negócio”.

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