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Chairman da rede FCB na América Latina, que abrange 20 escritórios, mas com concentratação de 60% das receitas no mercado brasileiro, onde também é CEO, e 20% no México, o executivo Aurélio Lopes está atento às transformações que a comunicação vem absorvendo nos últimos anos. O conhecimento adquirido, alinhado com o coletivo de executivos e profissioinais da agência, é usado para torná-la um produto diferenciado cuja embalagem estampa os três pilares-chaves da gestão: metodologia, inovação/tecnologia e velocidade.

“Na pesquisa Agency Scope 2016, a percepção dos nossos clientes é que a metodologia que usamos é 100% confiável” resume Lopes, que atende 16 clientes, entre os quais Nestlé, Sky, HP, Nivea, Consul, Brastemp, Smiles, ZAP e Estadão, por exemplo. “Nossa principal motivação é a atuação integrada, ou seja, a solução completa de comunicação. A FCB trabalha para mídias sociais, de massa, programática e CRM, por exemplo. Metodologia é o conjunto interno de processos para uma recomendação da agência ao cliente ser efetivada. Temos um processo de evolução contínua chamado de PDCA (planejar, desenvolver, colocar no ar e avaliar). Esse ciclo é essencial”, ele acrescenta.

Tecnologia é sinônimo de inovação, nas palavras de Lopes. E a agência tem uma área robusta para ajudar a produzir inteligência criativa como as ações Nivea Doll, Nivea Sun carregador e Anúncio protetor, Grand Prix na competição Mobile Lions do Festival de Cannes de 2014. Lopes também cita o trabalho Songs of violence, para o Estadão. “Nós usamos o aplicativo Shazam e, quando o usuário estava ouvindo uma música com apologia à violência feminina, colocávamos o depoimento de uma mulher que sofrera esse tipo de agressão para provocar reflexão: por que vou comprar esse tipo de música? Nesse instante, direcionávamos o valor da compra para uma doação para o Disque Denúncia. Tecnologia é um processo viabilizador de ideias relevantes”, explica Lopes, que, com a vice-presidente de criação Joanna Monteiro, implantou o creative technologist, profissional que participa do processo de concepção da ideia. “Pensando no que é e não é possível”, diz.

Oriundo da Market Data, Lopes acompanhou a fase pré big data, que hoje registra em tempo real os movimentos do consumidor e permite a customização de ações. “Antes precisávamos fazer perguntas. Com a tecnologia, aumentamos as certezas porque está tudo disponível nas redes sociais. O escopo está mais amplo”, observa Lopes, enfatizando que os gerenciamentos exigem métricas. O plano é ter equipes mais jovens, ecléticas e agnósticas. “Mudamos o perfil da gestão para ganhar velocidade, palavra-chave em um mundo multiconectado. Se errar, a correção tem de ser rápida”, finaliza.