Alê Oliveira

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Agora observe esta foto da final da Copa do Mundo de 1994:

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Eduardo Fischer, o homem que transformou a Brahma na número 1 e foi um dos responsáveis por um dos cases mais emblemáticos do marketing de emboscada, está passando por maus bocados. O publicitário precisou entregar o escritório da agência Fischer após reclamações trabalhistas no fim do ano passado.

No mesmo período, funcionários vieram a público reclamar de um suposto – como assim denominou o Sindicado dos Publicitários de São Paulo – “calote” da agência. 

Fontes ouvidas pelo PROPMARK afirmam que a situação não vai nada bem. Um ex-funcionário disse: “em teoria, a agência fechou”.  Conforme apuração, a agência permanece atendendo Sabesp e Embracon. Esta última confirmou que o contrato ainda está vigente, assim como a Sabesp, que disse que suas agências são “TBWA, Fischer e White Propaganda”.  Fontes confirmaram que a CSN já não trabalha com a agência. PROPMARK também tentou, sem sucesso, contatar Eduardo Fischer.

Se a agência fechou ou não, fica a tristeza de ver o legado de um criativo que, entre outras conquistas, conseguiu transformar o sinal do indicador em riste em sinônimo de marca:

Ou o comercial “Vagabundo”, veiculado apenas três vezes antes de ser retirado do ar pelo Conar e é lembrado até hoje (como o próprio Fischer destaca abaixo):

Mas vale ressaltar que é preciso respeitar todos os colaboradores de uma agência. Afinal, campanhas históricas nunca foram criadas por apenas uma pessoa.

Os acontecimentos recentes apenas reforçam a percepção de que o legado de Fischer estará sempre atrelado a boas ideias, mas também às recentes acusações dos ex-funcionários. As campanhas já foram criadas, veiculadas e são, comprovadamente, cases de sucesso. Já as denúncias necessitam de uma conclusão da Justiça. Resta esperar.