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O Grupo WPP teve nesta quinta-feira (1) a pior queda repentina do valor de suas ações desde 1999: 14%. O fato ocorreu após o CEO Martin Sorrell ter previsto que a holding dona de agências como Y&R, Ogilvy, Grey e J. Walter Thompson não terá crescimento no ano de 2018. Sorrell previu ainda que o crescimento de longo-prazo das receitas do grupo deverão ficar entre 5% e 10%, contra previsões anteriores de 15%.

Em 2017, as receitas do grupo tiveram queda de 0,9%, com queda mais acentuada, de 1,3%, no último trimestre do ano. Regiões como a América do Norte e Europa tiveram forte retração para os negócios do WPP.

Uma série de fatores ocasionaram na queda do valor do WPP, que afetou, inclusive, ações dos concorrentes Omnicom, Interpublic e Publicis, sendo que o último desvalorizou mais de 6%. Alguns deles são o corte de verba em publicidade digital de grandes clientes como Unilever e P&G.  Ao mesmo tempo, Google e Facebook estão trando do jogo as agências intermediárias e conversando diretamente com os clientes, sendo que muitos deles, estão internalizando a publicidade. 

A tendência, diante dos resultados, é que o WPP continue consolidando algumas agências – nesta semana, houve a fusão das empresas de relações públicas Burson e Cohn & Wolfe, o que criou a Burson Cohn & Wolfe. Outras mudanças recentes foram a fusão das agências de mídia MEC e Maxus, e o estabelecimento da Superunion, que unificou as operações de branding.

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