Marcia Esteves assumiu a presidência da Grey Brasil, sendo a primeira mulher no cargo da rede no país. Ela dividia a função com Rodrigo Jatene, que assumirá posição na rede nos Estados Unidos. Adriano Matos assume como VP de criação e responde diretamente a Marcia. E essas devem ser as únicas mudanças no time. “Não vamos mexer muito no time que está ganhando”, diz. Na agência desde 2014, ela foi COO e copresidente. No novo desafio, celebra a integração da conta de Itambé, com a conquista do digital, e destaca o caráter transformador da Grey, que acredita no equilíbrio e busca o novo. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista.

MUDANÇA
O processo foi natural. A Grey é uma network integrada. Temos contato com todos os mercados, trabalhamos juntos. A cultura da agência fomenta integração e troca de expertises. A gente vem fazendo um trabalho consistente no Brasil, que acaba dando visibilidade para os executivos. Surgiu a oportunidade do Jatene ir para um dos escritórios da rede. Trabalhamos nos últimos meses nessa transição. Acordamos que era um bom momento, dado que a Grey já está em um caminho certo, bem posicionada, e agora temos os desafios naturais do negócio para continuar em crescimento. E para ele é uma oportunidade interessante. Foi tudo transparente. Jatene já está em um processo de mudança. E tudo certo por aqui.

EQUIPE
Não vamos mexer no time que está ganhando. Ano passado a Grey teve o melhor ano da história no Brasil, tanto em inspiração criativa quanto em negócios. Ganhamos mais de dez marcas, fomos a sexta agência mais premiada do país e clientes conquistaram resultados históricos. Acreditamos que estamos em um caminho certo. Vamos fazer uma transição natural. Adriano Matos, que era o braço direito do Jatene, já estava envolvido em todos os planos e projetos da agência com clientes e com a visão estratégica, assume a criação. Vamos seguindo o jogo, continuar expandindo ofertas e melhorando os serviços para cada vez mais atingir os objetivos dos negócios e dos nossos clientes.

SOZINHA
Não dividir a presidência foi um processo natural. Na rede e na estrutura no Brasil, entendemos que a agência não precisava ter uma dupla, dado que o caminho e o board estão desenhados. Em relação a ser uma presidente mulher, temos conquistado nossos espaços gradativamente. Vamos ter cada vez mais igualdade de gêneros, mulheres que possam opinar. Acreditamos na complementaridade. Não é só mulher, não é só homem. Buscamos equilíbrio na Grey, independentemente de quem está à frente. Acreditamos que a troca de pensamentos e a discordância fazem com que a criatividade aflore. O nosso trabalho é criativo. E isso não pode mudar.

PARA FRENTE
A Grey como networking fez 100 anos em 2017. É uma agencia sólida, que se adapta muito rápido às mudanças. 100 anos parece pouco, mas no mercado de comunicação, olha o tanto que transformou nos últimos 5 anos. Imagina em 100! A Grey não tem medo de mudar, de fazer diferente para ser melhor. Faz parte da nossa cultura. A gente abraça a mudança e a tecnologia. Não queremos sobreviver, mas puxar a agenda para se desenvolver e não ficar preso a modelos antigos. Na América Latina, sou a primeira presidente mulher no Brasil. Isso vem de encontro a não ter medo de estabelecer novos modelos e de acreditar que quando abraçamos a mudança aprendemos e fazemos. A Grey foi pioneira em formatos, modelos… a gente muda, experimenta e troca experiências. Esse é mais um exemplo de que vamos atrás do novo sem medo.

SIGNIFICADO
Estou muito feliz pelo Jatene, é um amigo de muitos anos, que eu admiro e respeito. E estou superfeliz e honrada por assumir essa posição, que de alguma forma representa tudo que eu sempre batalhei junto com a equipe. A Grey tem, na minha crença, os melhores profissionais do país. É o resultado de mais de 100 pessoas trabalhando juntas, de clientes e parceiros acreditando no nosso trabalho. Estou muito realizada e, de forma absolutamente humilde, aceito esse desafio, de levar a Grey ao top 10 do mercado, continuar fazendo trabalho que gere resultado para os clientes. Eu adoro ter desafios, me motivo mais. E busco deixar as pessoas motivadas e felizes para fazer a diferença.

CARTEIRA
Estamos em fase final de concorrência de alguns clientes. E faltava um cliente para ter o contrato digital e fazer a integração. Acabamos de consolidar Itambé no digital, já tínhamos offline. Era a última marca que faltava. Tem sido um ano especial. Entramos 2018 com Hinode, Bung, Avante… Esperamos ter novidade mês a mês.

Leia mais
Marcia Esteves assume sozinha a presidência da Grey Brasil
Grey deixa de atender a conta da Avianca