Amigos e profissionais do mercado lamentam morte de Washington Olivetto

Hugo Rodrigues, Erh Ray, Marcello Serpa, Sergio Gordilho foram alguns publicitários que se manifestaram; leia os depoimentos

Amigos e profissionais do mercado foram as redes sociais na noite deste domingo (13) para homenagear Washington Olivetto, que morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos.

Chairman da McCann Worldgroup para WMcCann, Hugo Rodrigues escreveu que "perdemos o maior nome da publicidade de todos os tempos. Uma perda irreparável e impossível de descrever".

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Sergio Gordilho, copresidente e CCO da Africa Creative, disse que sem o Washington não existiria propaganda no Brasil. Em um post no Instagram, Gordilho escreveu ainda que, sem Olivetto, o Brasil não seria celebrado pela sua criatividade e Cannes seria o Guarujá da França.

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Erh Ray, CEO & CCO da BETC Havas, lamentou a perda e destacou que Olivetto foi o motivo pelo qual muitos escolheram a publicidade como carreira. O executivo disse ainda que WO colocou o Brasil no mapa da criatividade mundial, 'mostrando que negócios e criatividade caminham juntos'.

"Com obras memoráveis como 'O Primeiro Sutiã' e 'O Garoto da Bombril', foi visionário ao perceber que publicidade e cultura popular precisavam caminhar juntas. E transformou o ser publicitário em motivo de orgulho. Seu legado transcende prêmios e moldou nossa indústria. O vazio que deixa é imenso, mas seu impacto é eterno", contou.

Marcello Serpa, ex-sócio e diretor de criação da AlmapBBDO, afirmou que a publicidade brasileira se torna órfã.

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Filipe Bartholomeu, sócio, presidente e CEO da AlmapBBDO, afirmou que o Brasil não seria o que é no mundo da música sem Tom Jobim, assim como no mundo da propaganda sem Washington.

"Ele abriu a estrada para que depois viessem criativos, empresários, uma indústria, um país inteiro. Se apaga uma luz dentro de mim e de todos nós. Digo isso como publicitário, corinthiano mas, acima de tudo, brasileiro”.

Para Karina Ribeiro, CEO da VML Brasil, Olivetto foi quem abriu os caminhos para que a publicidade brasileira ganhasse o protagonismo que tem, conectando propaganda à cultura num nível que não se viu em nenhum outro lugar do planeta.

"Formou gerações de criativos e foi um dos responsáveis por moldar a forma como trabalhamos comunicação no Brasil. Washington deixa um legado enorme, do tamanho da saudade e da tristeza da notícia de sua partida”.

Fundador e diretor de criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi, Fabio Fernandes postou uma foto com Olivetto e escreveu 'Vai em paz, meu amigo'.

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Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo, classificou Washington Olivetto como um dos gênios da indústria criativa brasileira "e um dos principais parceiros da Globo na construção de um mercado publicitário nacional potente, relevante e inovador. Sentiremos falta da sua fantástica capacidade de entender, interpretar e se comunicar com o Brasil, através de campanhas memoráveis que inspiraram e emocionaram gerações", escreveu o executivo.

Para Vitor Barros, CEO da Propeg, Washington Olivetto sempre será lembrado como um dos grandes mestres da publicidade, não apenas no Brasil, mas no mundo.

"Ele nos inspirou a acreditar no poder das grandes ideias e a buscar a simplicidade genial que marca seu legado. Sua contribuição para a publicidade brasileira foi gigante, abrindo caminho para gerações de criativos e líderes que reconhecem nas suas campanhas uma aula eterna de inovação e criatividade”, disse o executivo.

João Dabbur, diretor-geral da Magna, unidade de negociação e inteligência da Mediabrands, afirmou que, além de 'gênio criativo', WO era um homem de negócios como poucos.

"Ajudou a criar e por décadas garantiu a estabilidade do modelo de negócios do nosso mercado. Com isso, devemos a ele o tamanho e relevância atual da propaganda brasileira", disse.