Ampro quer mudar para ser ouvida no mercado
Com o objetivo de ser mais representativa para o mercado de Live Marketing, a Ampro (Associação de Marketing Promocional) quer transformar a entidade em sindicato. No próximo dia 26, uma assembleia irá reunir associados na sede da entidade, em São Paulo, para votar a mudança para Sindilive (Sindicato das Empresas de Live Marketing).
Segundo Kito Mansano, presidente da associação, a principal meta da mudança é ser mais ouvida pelo mercado, principalmente, pelo governo e anunciantes. “É uma necessidade pulsante. Temos que evoluir como entidade representativa e queremos garantir algumas evoluções para nosso setor que somente como sindicato podemos conquistar”.
Ele lembrou que, de acordo com a Constituição Federal (art. 8º, Capítulo II, Título II) e a CLT (art. 523), apenas os sindicatos podem representar integralmente uma categoria econômica e/ou profissional, inclusive em questões judiciais ou administrativas. “A partir do momento que somos representantes de um setor da sociedade, e não somente de um grupo de associados, temos que ser ouvidos e atendidos em nossas necessidades, especialmente durante as negociações governamentais. Já no âmbito empresarial, poderemos solicitar, de maneira mais forte, uma conduta ética por parte das concorrências e demandas que prejudicam o setor, além de oferecer serviços muito mais qualificados para os associados, com apoio de instituições parceiras, como cursos de qualificação e produtos especializados. Teremos muito trabalho e, com certeza, bons resultados para o associado, sem mudanças no modelo de contribuição que a entidade já pratica”, disse.
O presidente da entidade ressaltou ainda que uma das questões que serão levantadas pelo novo sindicado, caso seja aprovado, será a bitributação das agências de Live Marketing. A principal reivindicação é que os valores recebidos pelas agências e diretamente repassados aos fornecedores não componham a base de cálculo do ISS, seguindo assim o ato de simples repasse ou reembolso.
Mansano disse que está bastante otimista com a possibilidade da mudança, mas sabe que é possível que encontre resistência por uma parte mais conservadora dos associados. “Apesar de alguns obstáculos que iremos enfrentar, acredito que a grande maioria está ciente da necessidade da mudança”. Ele explicou que, hoje, a entidade conta com 350 associados e, como sindicado, mais de 2 mil agências devem ser representadas.
Caso a assembléia aprove a mudança, o Sindilive nascerá no ano em que a entidade completa duas décadas de atuação. Mansano explicou que uma das principais evoluções sentidas pelo setor foi a mudança da denominação “marketing promocional” para “live marketing”. Para ele, foi um progresso grande, já que a primeira representava apenas uma das ferramentas no negócio, que é mais amplo.
Mansano também citou o primeiro Congresso de Live Marketing como outra grande conquista do setor. Marcado para os próximos dias 29 e 30, em São Paulo, o evento terá como uma das principais metas, de acordo com ele, discutir a relação entre cliente e agência, para que seja realizado sempre um trabalho sério. “O objetivo é que, durante o fórum, seja elaborado um documento que oriente a relação entre essas partes para que seja saudável e não predatória”.