ANJ coloca Digital Premium à disposição
A ideia surgiu no ano passado, dentro do Comitê de Estratégias Digitais da ANJ, com a participação de nove dos principais grupos de jornais do país. Além dos 65 jornais, outros veículos também estão sendo homologados para participar da rede. “Qualquer jornal do Brasil que tenha critérios técnicos mínimos para receber a publicidade online poderá fazer parte da rede”, diz Lazzarotto.
“De norte a sul, são 15 Estados e 42 cidades. Isso atinge 70% do PIB nacional. Tem uma força muito grande nas suas praças, pois a população regional considera cada jornal o grande veículo de informação confiável e o conjunto toma um corpo muito forte e permite que a audiência se espalhe pelo Brasil”, comenta.
Nizan Guanaes, do Grupo ABC, diz que esse é o caminho que importantes jornais como NY Times e Financial Times estão tomando. “Sou muito empolgado com isso porque é o futuro do jornal no mundo. Eu acho que a rede deveria se chamar 65/70, porque são 65 jornais que atingem 70% do PIB. Quando se unem com todo o trânsito do jornal, juntam o peso com a quantidade. Não dá para negar essa força”, argumenta Guanaes.
O presidente do Grupo ABC comenta ainda que o Digital Premium está alinhado com as tendências do futuro. Na última Retail Big Show, principal feira de varejo do mundo, realizada em janeiro nos Estados Unidos, muito se falou sobre o “Phigital”, soma do online e do físico. “Este é o caminho do mundo. Não vão deixar de ser físicos e nem deixar a dimensão digital. O Digital Premium é uma iniciativa moderna, contundente. Mostra que os jornais estão saindo da retranca e partindo para a ofensiva. É importante para o país, para os anunciantes”, opina.
Orlando Marques, presidente nacional da Abap, concorda com Guanaes. Para ele, o Digital Premium é a atitude mais moderna que os jornais tomaram ultimamente. “Tenho certeza de que vai revolucionar o jeito de programar essa mídia. Você poder comprar vários jornais do Brasil falando com um único vendedor e ter a garantia da entrega simultânea. É mais do que uma inovação. É uma revolução que reflete o quanto esse meio está se mexendo e se modernizando”, comenta.
O primeiro produto que começa a ser oferecido ao mercado é a possibilidade de veiculação do anúncio na home page dos 65 jornais simultaneamente. Também vai ter formato exclusivo, segundo Lazzarotto. “Para o anunciante ‘net’ que quer falar com Brasil é perfeito, pois terá uma audiência nacional através de jornais regionais”, explica. Mais adiante, será oferecido o “produto 2”, para as editorias internas. “Este ainda está em desenvolvimento”, afirma. E o “produto 3” será o formato programático.
“A ideia é trabalhar em conjunto, ou seja, ‘net’. Se a agência fosse comprar o espaço nos 65 jornais isoladamente, seria um trabalho de dois dias, pelo menos. Além de ser mais fácil, pois manda somente um pedido de autorização, sai mais barato do que comprar isolado”, compara.
O incremento de receita para os jornais, vindo a partir da comercialização dos espaços digitais, vai contribuir para fortalecer mais o meio. Jornal é sinônimo de informação de qualidade. Com o lançamento da rede, a indústria busca o fortalecimento também como mídia de resultado. “Vamos incluir mais jornais para aumentar a força da rede. Nos últimos seis meses ficamos testando o produto e agora fazemos o lançamento oficial para o mercado”, diz Lazzarotto.