A Bradesco Seguros tem 25% do market share e não pretende parar por aí. Nesta entrevista, Alexandre Nogueira, diretor de marketing da empresa que é a seguradora oficial dos Jogos Olímpicos 2016, conta que o mercado ainda tem espaço para crescer. Entre os diferenciais da marca destacados pelo executivo está a comunicação. “Estamos cada vez mais tentando trabalhar uma comunicação mais leve, próxima e usando até humor para que isso aconteça”, afirma. Outro ponto de destaque é a variedade de produtos que a Bradesco Seguros oferece.

Divulgação

Qual a participação da Bradesco Seguros nas Olimpíadas?
Ela é a seguradora oficial do evento. Em 2009, ao lado do banco Bradesco, a gente entrou como patrocinador. A seguradora participa fazendo toda a parte de seguro dos atletas. A Rio 2016 e os atletas são segurados nossos. Plano de saúde, odontológico e seguro de vida são serviços e produtos que oferecemos como contrapartida de sermos seguradores oficiais. A seguradora tem uma história grande com esportes. Há nove anos, temos a Corrida e Caminhada da Longevidade. Estamos falando de mais de 4 mil pessoas que participam de cada uma das 14 edições em várias cidades do país. A Bradesco Seguros tem ao menos um seguro em cada município brasileiro. E, o que é muito importante, a corrida é um incentivo para as pessoas saírem dos seus hábitos sedentários. A gente foi aprendendo como funciona este processo. A pessoa primeiro faz a caminhada de 3 km. Na edição seguinte, já está correndo 6 km. Isso é muito importante. A seguradora tem essa participação tão forte em relação ao bem-estar e à qualidade de vida porque acaba participando da vida das pessoas desde o nascimento, com o seguro saúde; no momento em que adquirem seus bens, com seguro de automóvel e residência; até o momento em que entram na aposentadoria, com a previdência complementar. A gente entende que a longevidade é importante e, mais importante que viver mais, é chegar lá com qualidade de vida.

A Bradesco Seguros também tem um projeto com porteiros no Rio alinhado a isso…
As atividades da seguradora têm uma espinha dorsal muito forte em longevidade. O Porteiro Amigo do Idoso surgiu porque, em 2009, fizemos uma pesquisa para descobrir quem era o principal amigo do idoso e descobrimos que era o porteiro: aquela pessoa que está sempre ali, presente no momento em que o idoso está sozinho em casa, que avisa um parente quando percebe que o idoso não está saindo de casa ou que tem algum tipo de doença… Descobrimos que este elo era muito importante e começamos a treiná-los. O porteiro coloca peso nos pés, usa óculos como se ele tivesse princípio de catarata… Ele vivencia toda a experiência do idoso para que possa ser mais útil ainda e entenda o que ele precisa fazer. Todas as ações que fazemos estão vinculadas com a longevidade. Tem também o Fórum da Longevidade, no qual a gente traz especialistas internacionais para debater a questão no Brasil, já que a nossa idade média sobe a cada ano. A Corrida e Caminhada da Longevidade ocorre no mesmo sentido, o patrocínio Olímpico, alinhada aos publieditoriais para falar da saúde das pessoas… Além disso, temos uma atuação forte na cultura. A seguradora é um patrocinador muito significativo em peças teatrais, exposições e musicais. Temos uma agenda farta para este ano com uma preocupação forte de estarmos em todo o país. Uma das premissas que estabelecemos para este ano é estar não só no eixo Rio-São Paulo. É estar onde nossos clientes estão. Isso faz parte do nosso raciocínio.

Hoje o maior número de clientes da Bradesco Seguros está no eixo Rio-São Paulo?
Sim, mas somos bem pulverizados. Temos uma quantidade de clientes muito grande nas outras regiões. Somos aproximadamente 25% do mercado segurador e a nossa média em termos de clientes segue a média de distribuição brasileira. A ideia é oferecer esse incentivo à cultura da forma que esses clientes estão. Fizemos um plano para estar mais presente em outros estados. Em 2015, tivemos peças em Recife, Natal, Fortaleza, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá… Principalmente nas capitais, mas pretendemos aumentar a frequência. Temos muito orgulho de participar desta questão cultural.

E as Olimpíadas?
A gente tem algumas coisas que já ocorreram e outras que ainda virão. O que já está sendo realizada é a promoção Vai Brasil… Vai Você, na qual ofereceremos a cada semana pacotes para os clientes cadastrados no Clube de Vantagens irem às Olimpíadas. Além disso, a cada medalha conquistada pelo Brasil, serão sorteados R$ 15 mil. Isso já tem movimentado o nosso site do clube.

É grande a participação de clientes no programa de fidelidade?
Ela é crescente. A gente pretende chegar a 100 mil em breve, mas, comparado à nossa base, ainda está distante. Todos têm direito às vantagens, mas quem se cadastra no clube consegue mais vantagens. Por exemplo, com a carteirinha, o cliente já tem desconto na Drogasil, nas peças de teatro que patrocinamos… Quando se cadastra, primeiro você concorre na promoção e depois tem acesso às plataformas digitais. Nós temos parcerias com mais de 300 lojas. A gente senta e faz uma negociação. Nós não ficamos com nenhum recurso, queremos oferecer para o cliente. Temos uma base grande de clientes de quase 30 milhões, que é um apelo interessante. Afora essa questão de promoção, nas Olimpíadas, tem a participação muito forte dos mascotes. Tanto os olímpicos, Vinícius e Tom, quanto o do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Ginga, estão sempre presentes nas corridas e caminhadas e na ciclofaixa de São Paulo, que tem patrocínio da Bradesco Seguros. Além disso, temos os filmes. Nós teremos uma segunda fase da campanha.

Foi feita uma alteração do Vai que… é Melhor Ter para o Preparação, é Melhor Ter. Isso vai mudar de novo?
Nós vamos continuar com o mote de preparação porque as pessoas entenderam a mensagem, mas vai mudar um pouquinho a forma. Preparação foi o momento de estabelecer aquele conceito, agora vai ter a evolução com a proximidade dos jogos.

Deve estrear quando?
Em fevereiro ou março, vai ter a evidência da promoção com um  filme. Depois, a gente tem esse outro filme, ainda sem data definida. Não abandonamos o Vai que… As pesquisas mostram que mesmo sem usar a expressão, as pessoas acham que usamos porque o conceito está claro.

Como o tema esporte vai ser abordado após as Olimpíadas?
No fundo, muito semelhante ao que a gente já realiza. O mesmo incentivo que damos, continuaremos dando. A mudança é que não teremos mais um evento esportivo daquela plenitude sendo realizado no país.

O time Bradesco Seguros continua?
Nós sempre tivemos corredores Bradesco Seguros. No ano passado, agregamos mais alguns. Essa equipe vai permanecer porque esse time não é para os jogos – embora alguns até tenham índices interessantes. Este time é para participar das corridas e caminhadas, para incentivar as pessoas, e isso perdura.

O foco é corrida e caminhada ou tem outros esportes?
Sim, é corrida e caminhada, mas a gente incentiva a ciclofaixa. Tem o movimento Conviva, que prega o respeito entre ciclistas, pedestes e motoristas, desde 2011. Quando começa o ano, já temos o orçamento, mas o que ocorre no segundo semestre está sendo aprovado agora. Quem é patrocinado, conhece a nossa rotina. Estamos olhando o fim de 2016 e o início de 2017. Todos os projetos passam por uma governança.

Esporte, lazer e cultura são as principais plataformas…
Sem dúvida, sempre permeadas pela longevidade. Tudo isso é uma árvore com a longevidade sendo a raiz. Nós não estamos falando disso apenas agora. A Rio 2016 é uma grande oportunidade para fortalecer aquilo que a gente tem como projeto.

Qual a percepção que o cliente tem da marca Bradesco Seguros?
Uma marca que entrega aquilo que promete, com a solidez que é oferecida pelo banco, uma empresa que está sempre preocupada em ouvi-los. Nós temos uma ouvidoria muito forte e presente. Fomos a primeira do mercado segurador em 2002, que depois até se tornou algo obrigatório. E a proximidade, que vem muito com a marca Bradesco presente em todos os municípios. Isso é muito valorizado. Essa proximidade da cultura também aparece nas pesquisas. O pessoal reconhece muito o patrocínio nas peças teatrais. Frequentemente fazemos pesquisas para olhar nível de satisfação, no que podemos melhorar, e isso nos alimenta no planejamento estratégico.

Como é a parceria com a Almap?
É ótima. É a agência que trouxe o Vai Que… e a relação é muito boa. É uma provocação positiva de sempre estar buscando algo evolutivo.

Como é a presença da Bradesco Seguros no digital?
É uma presença boa, mas sempre podemos evoluir. Quando a gente pensou em Olimpíadas, uma das primeiras ações que imaginamos foi uma fanpage com o mote olímpico. Tem 400 mil pessoas. Nos nossos planejamentos, olhamos muito a questão digital.

Quais os diferenciais da marca?
Os concorrentes são de excelente nível. O desafio do mercado segurador é a comunicação, já que alguns temas são áridos. Comparar é complicado, mas vou dizer nossas forças. Estamos sempre tentando trabalhar uma comunicação mais leve e próxima, usando até humor para que isso ocorra. As pesquisas mostram que uma das maiores dificuldades para as pessoas adquirirem os produtos é que elas precisam conhecê-los bem. Tem muito espaço para crescer. A presença também. A gente trabalha muito com os corretores e está em todas as modalidades. A tecnologia e a inovação são ótimas, mas você vê isso ocorrendo no mercado segurador. Agora nós damos foco em presença, multirramo, unificação comercial e comunicação. O mercado é muito promissor. São tantas oportunidades de ter seguro. Lá fora isso é tão difundido porque ninguém quer perder o que conquistou.