O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) julgou na última terça-feira (22) a campanha da Nextel que usa o Ruivo (João Cortês), ex-protagonista de comerciais da Vivo, e provoca, além da própria operadora, as concorrentes TIM, Claro e Oi, com referências de seus comerciais. O filme apresentado em março deste ano foi o primeiro assinado pela Tribal Worldwide. 

As denúncias 85 e 86/2018, da Tim e da Oi, respectivamente, apesar de diferentes, levaram a um voto praticamente igual. As reclamações dão conta de que o filme da Nextel trata as concorrentes de forma “desvairosa” e “desrespeitosa”. As empresas entendem que os elementos utilizados foram feitos de forma a desacreditar e rebaixar as expressões publicitárias de suas campanhas.

Outro ponto reclamado foi a menção da Nextel a ter sido considerada a melhor operadora de celular do Brasil, de acordo com uma pesquisa do jornal Estadão.

A relatora para ambos os processos deu razão para as menções as concorrentes denegritorias, ressaltando que, a propaganda comparativa não é reprovada pelo Conar, mas deve ser
sempre baseada em ao menos dois princípios: leal concorrência e contribuição para decisão do
consumidor, e não pode ser feito com desrespeito à concorrente.

O filme da Nextel foi condenado em primeira instância por essas menções “desrespeitosas” aos concorrentes. Mas a relatora entende que não há problema sobre a afirmação de ter sido considerada a melhor operadora de celular do Brasil, porque essa informação no filme está
sustentada em uma pesquis. A decisão de primeira instancia tem que ser cumprida. 

Com a decisão do Conar, se o filme em questão estiver no ar tem que ser removido. A Nextel pode recorrer.

Ainda em março, dias após a recomendação do Conar pela suspensão da campanha, a Nextel e a Tribal Worldwide apresentaram um novo vídeo, dessa vez, com o ‘Moreno da Nextel’. 

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