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Em 2017, o faturamento no Dia das Mães, que aconteceu no último dia 14 de maio, foi de R$ 1,9 bilhão. O crescimento representa 16% em relação ao mesmo período do ano passado, registrado em R$ 1,62 bilhão. Esse resultado superou as expectativas do Ebit, que previa aumento de 7% para a data. O monitoramento foi realizado com base nas compras realizadas no varejo eletrônico entre 29 de abril e 13 de maio.

O número de pedidos neste ano foi de 4,520 milhões, aumento de 12% dos 4,036 milhões de 2016. “Esta data é um importante termômetro para as vendas do e-commerce no resto do ano. O resultado muito acima na expectativa mostra que o consumidor está confiante de que o pior da crise econômica já passou. Além disso, por possuir preços mais competitivos e disponibilizar entregas em poucos dias em grandes cidades permitindo comprar mais próximo ao do domingo dia das mães , o e-commerce está atraindo ainda mais consumidores que tradicionalmente compravam no varejo físico”, disse Pedro Guasti, CEO da Ebit.

O smartphone foi o presente mais comprado para as mães, representando 13,4% das vendas em volume de pedidos. perfume (4,40%), água de colônia (4,17%), geladeira/refrigerador (3,19%) e vinho (2,76%) completam o ranking dos produtos mais comprados para presentear. O tíquete médio também registrou aumento de 3,7%, crescendo de R$ 402 para R$ 417.

“Por conta dos indicadores econômicos apontando a retomada do crescimento econômico, da Black Friday e Natal, as vendas do segundo semestre devem ser ainda mais aquecidas. Os números estão dentro da perspectiva da Ebit, que espera que o e-commerce, de forma geral, cresça 12% neste ano”, ressalta Guasti.

Lojas Virtuais

Dados da ShopBack indicam que as lojas virtuais recuperaram R$ 35,3 milhões em vendas que não seriam realizadas inicialmente pelos consumidores no Dia das Mães. O valor atinge compras que foram efetuadas entre 30 de abril e 13 de maio e representa um crescimento de 7% ante o valor de vendas recuperadas na mesma data do ano anterior. 

A empresa considerou as vendas em cerca de 900 lojas virtuais do país, entre elas Renner, Viajanet, O Boticário, Azul, Sephora, HP, Arezzo, Schutz, Hoteis.com. Motorola, entre outras. Os seguimentos que atraíram mais clientes foram Perfumaria e Maquiagem (26%), Moda e Calçados (23%), Eletrônicos e Eletrodomésticos (19%), Joias e Bijuterias (11%) e Lazer e Viagens (7%). 

De acordo com o levantamento, a recuperação de compras que então seriam abandonadas pelos consumidores ocorreu com retargeting. As lojas virtuais usaram a tecnologia para criar abordagens personalizadas para esses clientes, oferecendo benefícios como descontos, frete grátis ou outras vantagens. Ao todo, o mercado recuperou R$ 191,8 mil pedidos em lojas virtuais, com tíquete médio de R$ 184. 

As notificações personalizadas por push no navegador ou aplicativo da loja foram os recursos mais eficientes no período, responsáveis por 28% das conversões. Em segundo lugar ficaram as ações no próprio site, como o overlay de abandono – janela com recomendações de produtos de interesse que aparece no momento em que o consumidor se movimenta para fechar a página -, com 25%. As tradicionais mensagens de e-mail vieram na sequência, com 24%, seguidas por SMS (15%) e notificações do Facebook (8%).

De acordo com Isaac Ezra, CEO da Shopback, abordar os consumidores de forma inteligente e objetiva torna-se ainda mais importante durante as datas sazonais. “É necessário ser assertivo diante de grande concorrência e da necessidade de um tempo de resposta mais rápido”, afirma o executivo.

Varejo paulistano

Depois de dois anos consecutivos de queda nas vendas do varejo paulistano para o Dia das Mães, em 2017 um leve crescimento de 1% foi detectado pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

A pesquisa também revela que 64% dos consumidores que presentearam suas mães na data usaram o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido pelo pagamento à vista com dinheiro, cheque ou cartão de débito (35%).

As promoções, como tradicionalmente ocorrem no Dia das Mães, giraram em torno de descontos especiais (79%), sem grandes mudanças nos últimos anos. Com relação a contratações de temporários, a grande maioria dos empresários (95%) não abriu nenhuma vaga de trabalho e, mesmo os que contrataram, não pretendem efetivar a mão de obra (100%). A alta de 1% nas vendas do varejo surpreenderam os lojistas, que afirmaram na sondagem prévia do Dia das Mães uma expectativa de queda de 8% no faturamento.