Nubank se posiciona após polêmica sobre contratação de negros

Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, usou o LinkedIn para pedir desculpas sobre uma declaração polêmica dada no programa Roda Viva na última segunda-feira (19). O banco digital também se posicionou elencando suas ações de diversidade em um post no blog oficial.

Entenda

O debate começou quando a executiva foi perguntada sobre ações afirmativas para colocar negros na liderança da empresa. Cristina explicou que há grupos focados na contratação de minorias sub representadas para todos os níveis da companhia, mas que o Nubank é exigente.

“A gente ainda tem a exigência do inglês. Algo que, muitas vezes, pode inclusive ser uma barreira. Então, o que a gente tem feito é investido em formação”, explicou.

O problema veio depois. Ao ser questionada se o alto grau de exigência não seria uma barreira de entrada, Cristina disse que não dava para “nivelar por baixo”.

“Por isso que a gente quer fazer esse investimento em formação. A gente criou um programa gratuito, que chama ‘Diversidados’, em que a gente vai ensinar a ciência de dados para pessoas que querem entrar nisso e a gente vai capacitar essas pessoas. Não adianta a gente colocar alguém para dentro que depois não vai ter condição de trabalhar com as equipes que a gente tem”, afirmou a cofundadora do Nubank.

A fala pegou mal. No Twitter, a empresa recebeu uma enxurrada de críticas.

A empresa elencou suas ações de diversidade num longo post em seu blog que pode ser lido abaixo:

Já Cristina utilizou seu LinkedIn para pedir desculpas e se explicar. “Falar de inclusão racial não é simples, principalmente como mulher branca. Na tentativa de explicar as ações de apoio educacional que temos no Nubank para diversos grupos sub representados dentro da tecnologia, acabei me expressando mal. Agradeço pelos feedbacks que estão chegando e me desculpo pela forma como falei. Como disse na entrevista, há muito o que precisamos fazer em questões de diversidade racial e esse é um compromisso que assumimos no Nubank”, disse.