Aplicativo ou site responsivo?

O mercado brasileiro de smartphones e dispositivos móveis é um dos que ainda tem motivos para comemorar, com as vendas em alta nos últimos tempos e com boas perspectivas para o futuro. Nos dois últimos anos, o Brasil registrou cerca de 101,5 milhões de smartphones comercializados, segundo levantamento do IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q4.

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Marina Alvarez Duarte é da Rakuten

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), entre o final de 2014 e início de 2015, o celular já era o segundo aparelho mais presente nos lares brasileiros, estando em 92% deles, atrás apenas das TVs; e 81,5 milhões de brasileiros já acessavam a internet pelo celular. Tais fatores têm forçado empresas a entenderem melhor o potencial do mobile commerce e trazem boas expectativas para o setor, com uma projeção de representar, em 2016, cerca de 18,5% do faturamento do comércio eletrônico.

Mesmo com dados positivos para o mercado, a maior parte das empresas ainda está se adaptando, pensando e pesquisando qual a melhor aposta para a atuação no ambiente mobile: investir na criação de um app mobile ou implementar a responsividade em seus sites? É importante ressaltar que, independente das dicas listadas neste artigo, você precisa definir quais tipos de resultados você almeja alcançar com a estratégia mobile da sua empresa.

Além de fazer com que o usuário se sinta no mesmo ambiente em que fez compras tanto no online como no físico, é importante pensar em como será a integração operacional entre os diversos canais. O ideal é que todas as frentes possam ser administradas simultaneamente, desde o estoque até o envio dos produtos. Caso contrário, corre-se o risco de perder o controle dos processos ou aumentar os custos de equipe e infraestrutura.

Para traçar os primeiros passos, é importante entender as diferenças de cada um. Site responsivo é quando há um layout que se adequa ao formato de um tablet ou smartphone. Já o aplicativo mobile é construído sobre uma plataforma desenvolvida especialmente para ser baixada em smartphones, exigindo sua instalação. Em ambos os casos, as lojas adaptadas a dispositivos móveis costumam ter melhores resultados até mesmo nas ferramentas de busca.

Seja qual for a sua escolha, algumas coisas são essenciais nessa adaptação, como o layout intuitivo;  ferramentas de pesquisas rápidas e eficientes e formulários rápidos para efetivar a compra.

Então, quais as vantagens e desvantagens de cada estratégia de abordagem mobile?

Aplicativo

Investimento: O custo pode ser um pouco mais elevado, devido à necessidade de desenvolvimento de interfaces sofisticadas, capacidades extras para proporcionar uma experiência adequada ao contexto do aparelho onde será instalado e grande volume de testes. Envolve também atualizações frequentes e relacionadas a diversos sistemas operacionais, que são feitas em paralelo à versão desktop.

Experiência: É possível rodar offline – além disso, as funcionalidades adicionais proporcionadas pela proximidade e alcance do consumidor a qualquer momento são oportunidades únicas para fidelizar o consumidor. Porém, há necessidade do download e instalação pelo consumidor.

Site responsivo

Investimento: Além de exigir menos recursos, os custos podem ser diluídos no desenvolvimento da versão para desktops, pois a construção é correlata.

Manutenção mais simples: Pode ser feita de maneira integrada, englobando diversos dispositivos e plataformas simultaneamente.

Experiência: Os recursos de interação ficam limitados às funcionalidades do browser e precisa de conexão constante à internet.

Caso você opte por criar um aplicativo, pense nele como um usuário: você deixaria instalado em seu smartphone ou quando precisasse de mais espaço seria o primeiro aplicativo que apagaria? O que o torna diferente? O site responsivo é necessário para o seu projeto ou talvez desempenho e performance são os fatores que realmente fazem a diferença?

Acredito que o melhor ponto de partida seja definir o orçamento e então analisar o que fará a diferença para o seu público e suas vendas.

Marina Alvarez Duarte é coordenadora de usabilidade e design da Rakuten