Apoio de celebridades internacionais a Aécio gera polêmica

Dois apoios ao candidato à presidência da República, Aécio Neves (PSDB), têm gerado comentários e polêmicas nas redes sociais. A atriz norte-americana Lindsay Lohan e a top model Naomi Campbell declararam publicamente apoio ao tucano através do Twitter e Instagram, na terça-feira (21).

No entanto, ao utilizar a hashtag #HTVBR, Lindsay levantou suspeitas de que o apoio teria sido pago, já que as siglas se referem à Hollywood TV Brasil, agência especializada em promover marcas usando celebridades. Porém, ao ver seu nome entre os mais citados no Twitter, a atriz apagou o post, fazendo com que a decisão virasse “trending topic”.

Em meio a diversas manifestações, a Hollywood TV Brasil declarou que essa ação foi pautada por uma decisão empresarial da diretoria da empresa, que considera Aécio Neves uma boa opção para o país.

Também manifestou, através de nota, que não houve qualquer investimento financeiro e atividades oficiais de campanha partidária para a ação. “A HTVBR aproveitou seu relacionamento de longa data com diversas celebridades de Hollywood – como Lindsay Lohan e Naomi Campbell – e solicitou a parceria na manifestação (e disseminação) do apoio ao candidato tucano”.

 


A assessoria de imprensa de Aécio Neves manifestou que a ação das celebridades não está atrelada à campanha do candidato. Gabriel Rossi, professor do curso de Marketing Eleitoral Digital da ESPM, comentou o assunto e acredita que para a campanha política em geral, esse tipo de ação não influencia os eleitores indecisos, já que a ação é pouco autêntica.

“Esse tipo de estratégia, como celebridades fora do contexto brasileiro, soa arrogante e pouco autêntico. Em uma eleição voto a voto, como tem sido esse segundo turno, o poder de arrasto do candidato deve ser penetrar na capilaridade social e influenciar os indecisos. O que acontece na internet, acaba indo para as ruas”, afirma Rossi.

Sobre a iniciativa da empresa, o professor acredita que não seja saudável esse tipo de iniciativa. “Não é inteligente se posicionar desta forma. Quando se toma partido em uma disputa política, sai do seu foco e pode perder consumidores ou parcerias”, destaca.