Arena do Esporte: DNA digital dá vantagem aos eSports em meio a pandemia
Nativos 1
Enquanto torneios esportivos tradicionais, como a Champions League e a Libertadores da América, foram interrompidos devido à expansão do novo coronavírus, mercados nativos digitais, como o de games e eSports, têm oportunidade de desenvolvimento em período de isolamento social. Segundo Bernardo Assad, CEO da agência ABCM, especializada em marketing com foco em jogos mobile, embora o ecossistema tenha sofrido resistência das marcas patrocinadoras no início, por julgarem que a atividade seria antissocial, agora, o momento é outro. “Os jogos online aproximam as pessoas”, defende o executivo, também idealizador da Liga NFA – campeonato de Free Fire.
Nativos 2
Segundo Assad, a maior vantagem dos eSports é devido ao seu formato nativo do ambiente digital, o que permite as transmissões de jogos por streaming. O formato é a principal forma de geração de negócios e soma milhares de fãs como audiência. “Os eSports são ageless e sem fronteiras geográficas. São first person experience. O Free Fire, especialmente por ser mobile, transpõe a barreira de classes e por isso tem uma base de usuários ampla em termos demográficos. Tecnologia, conteúdo cocriado, orientação data driven e audiência interativa são os ingredientes da Liga NFA”, defende.
Nativos 3
O perfil diverso dos usuários – além do potencial de geração de conteúdo dos gamers influenciadores – é também gerador de negócios. “Isso faz com que patrocinadores possam, por exemplo, desenvolver branded content inserido no contexto desta cultura. Diferentemente do futebol, que é trabalhado como traço de cultura nacional, os eSports demandam uma camada extra de originalidade na criação de experiências e conteúdos”.
Delas
As mulheres já representam 41,1% entre os chamados gamers hardcore, sendo um público cada vez mais relevante no cenário de jogos e eSports. Como forma de apresentar algumas das principais representantes desse ecossistema, o canal Versus, da Webedia, acaba de apresentar o documentário Sim, Nós Jogamos.
O conteúdo analisa e traz debate sobre o papel majoritário da mulher na indústria brasileira de jogos. A proposta é desafiar clichês pertinentes à percepção errônea do papel do público feminino no cenário gamer. Com transmissão veiculada pelos canais do Versus no YouTube, Facebook e Twitch, o documentário discute temas como o início de carreira nos games até sua evolução no mercado de trabalho, tocando em pontos sinuosos como o machismo praticado pelos fãs e indústria.
ÁREA 1
O aplicativo Appito está ampliando suas funcionalidades no mobile para uma experiência presencial em campo. O serviço que conecta jogadores de futebol society que buscam espaços para praticar o esporte acaba de inaugurar sua arena na capital paulista, em parceria com DAZN, Adidas e Ambev. Para complementar o serviço de locação de campos no app, o público agora terá acesso à Appito Arena, na zona oeste de São Paulo (SP). “Queremos estimular a consolidação de uma comunidade do esporte”, explica Alexandre Delepau, cofundador do Appito.
Área 2
A plataforma conta com mais de um milhão de downloads e 700 mil integrantes cadastrados. A parceria com marcas promete fomentar novos negócios e oportunidades. No acordo com a DAZN, por exemplo, a startup passa a ter direito à exibição de cinco jogos por semana dos campeonatos transmitidos pela plataforma de streaming na Appito. Já com a Adidas, o acordo torna a companhia fornecedora de material esportivo para os jogos, disponibilizando coletes, bolas e chuteiras. O contrato prevê ainda ativações pontuais e presença da marca em jogos oficiais. A parceria com a Ambev prevê a venda exclusiva de seus produtos na Appito Arena. A marca Brahma será o carro-chefe do projeto.
Intervalo
Atletas, técnicos e dirigentes dos clubes que disputam o NBB 19/20 se reuniram na semana passada, em São Paulo, para definir o novo calendário do campeonato brasileiro de basquete. O torneio está suspenso de forma indeterminada devido à expansão do novo coronavírus. Guilherme Teichmann, presidente da Associação dos Atletas Profissionais de Basquete (AAPB), defende a paralisão dos jogos. “Entendemos que essa é a medida certa a ser tomada. Estamos passando por um momento importante, em que precisamos dar o exemplo às pessoas sobre gravidade do que está acontecendo”.